São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

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Tumor que foi retirado do pivô Nenê é benigno

Ausência de metástase deve apressar retorno de jogador do Denver às quadras

Resultado da biópsia do brasileiro não revela câncer, e equipe já estima que o atleta poderá voltar a jogar em algumas semanas


DA REPORTAGEM LOCAL

O tumor no testículo removido do pivô Nenê, 25, era benigno, o que deve acelerar a volta do brasileiro às quadras.
"A junta médica que cuida da saúde de Nenê liberou o resultado da biópsia. De acordo com o relatório apresentado pelos médicos, os exames mostraram que o tumor é benigno", divulgou a assessoria do jogador.
O Denver Nuggets, equipe de basquete na qual o atleta joga, afirmou que não foi comunicada oficialmente sobre a notícia.
"Não irei interpretar e analisar isso até que receba toda a informação. Não vou brincar de médico amador até que consiga mais informação do que eu tenho agora", disse o técnico George Karl, no início da tarde.
O tumor de Nenê foi descoberto pelo médico Saurabh Mangalik quase que por acaso.
A moléstia foi encontrada depois que uma coleta de sangue para teste antidoping de rotina acusou alterações que indicariam o problema no testículo.
O brasileiro está afastado do Denver desde a sexta-feira passada. A equipe anunciou sua liberação para tratamento de saúde só 30 minutos antes de partida contra o Orlando, em casa, pela rodada da NBA.
Na segunda-feira, ele passou por uma cirurgia no Centro Médico de Saúde de Denver para extrair o testículo afetado.
Anteontem, recebeu alta do hospital. Ainda não se sabe quando o jogador poderá regressar aos treinamentos.
No entanto, como foi constatado que não há metástase, e o pivô não precisará ser submetido a quimioterapia, estima-se que o período não seja longo.
"Quero agradecer aos fãs, colegas de equipe, à direção do Denver e a todos os que me apoiaram. Minha vitória representará sua vitória também", disse o pivô, após a cirurgia.
Um dos trunfos para a rápida recuperação do atleta foi o fato de o tumor ter sido descoberto rápido. Além disso, a ausência de metástase colabora para o restabelecimento mais rápido.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, o jogador deve ficar de três a seis meses longe de competições. Mas, no Denver, a expectativa é que Nenê retorne à equipe em semanas.
Na temporada, ele já havia perdido 22 partidas devido a uma fratura no polegar da mão direita. Reserva e prejudicado pelos infortúnios físicos, Nenê tem apresentado estatísticas modestas no campeonato. O pivô está com média de 6,4 pontos e 6,4 rebotes por jogo.
O problema de Nenê não é inédito no esporte. O caso mais famoso ocorreu com o ciclista Lance Armstrong. Depois de passar por quimioterapia, ele voltou a competir para arrebatar o hepta da Volta da França.
Além dele, o jogador de beisebol John Kruk, que atuou na MLB (liga norte-americana) de 1986 a 1995, e o golfista Billy Mayfair, dono de cinco títulos no PGA Tour, também tiveram que passar pela cirurgia para extrair o testículo.
No entanto, o problema desses atletas foi mais sério do que o caso do brasileiro. Os três tiveram câncer e passaram por tratamento de quimioterapia.


Com agências internacionais


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