São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ressaca

Santos encara efeito Luxemburgo

Derrota para a Portuguesa faz clube conhecer crise que abateu ex-times do treinador após sua saída

Clube, que teve ontem muros do CT pichados, vê debandada de atletas, como aconteceu com o Cruzeiro multicampeão em 2003


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

MAURÍCIO EIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Ter Vanderlei Luxemburgo quase sempre é garantia de título. Mas, quando ele abandona o barco, a chance do time entrar em parafuso é grande.
O Santos-2008 que o diga.
A equipe do litoral mergulhou na crise depois de estrear no Paulista com derrota por 2 a 0 diante da Portuguesa. A torcida pediu reforços e criticou o presidente Marcelo Teixeira durante o jogo. Ontem, pichou os muros do CT Rei Pelé tendo o ex-corintiano Betão como principal alvo. "Betão sinônimo de segunda divisão" era uma das frases. As imagens do vandalismo foram captadas por câmeras de segurança e devem ser usadas para a identificação dos responsáveis. As pichações já foram cobertas com tinta.
Clima de crise normal para os times que tiveram Luxemburgo recentemente.
O Palmeiras caiu para a segunda divisão depois da sua saída em 2002. Da tríplice coroa em 2003 o Cruzeiro passou para o 13º lugar no Brasileiro em 2004, ano em que o treinador deixou de forma abrupta o emprego, assim como havia acontecido no Parque Antarctica.
O próprio Santos já sentiu isso. Em 2004, Luxemburgo deixou o clube para assinar com o Real Madrid logo depois de ganhar o Brasileiro.E a temporada 2005 santista foi recheada de fracassos, que teve como ponto culminante uma derrota de 7 a 1 para o Corinthians.
A competência de Luxemburgo é óbvia, mas em todos esses casos, assim com o Santos atual, muita confusão ficou em seus ex-clubes.
A começar pela debandada de atletas. Assim que ele saiu do Cruzeiro, Rivaldo pediu seu desligamento. Logo depois foi a vez de Alex, o então craque da equipe. O Santos já perdeu vários atletas afinados com seu ex-treinador, como Pedrinho, Maldonado e Marcos Aurélio.
O Palmeiras dizia que o técnico deixou o clube desestruturado em 2002, Agora, Emerson Leão fez a mesma acusação (refutada por Luxemburgo), principalmente na parte física.
Após a derrota para a Portuguesa, Leão evitou o atrito direto, mas não deixou de citar os problemas do clube. "Se não contratamos, é porque tivemos problemas", falou Leão, que desta vez evitou o choro que é sua marca. "Não quero ser vítima. Entrei aqui sabendo das condições da equipe."


Texto Anterior: Muricy e "2º pai" aprovam a atuação
Próximo Texto: Time já fala em promover adolescentes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.