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AÇÃO
Passeando na Austrália
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
A seleção brasileira feminina de basquete vai para Atenas, a masculina não. A seleção
brasileira feminina de futebol vai
para Atenas, a masculina não. De
repente, a ginasta Daiane dos
Santos se tornou uma de nossas
maiores esperanças de medalha
nos Jogos. Ultimamente, as mulheres têm sido o exemplo a seguir, quando não o desempenho a
acompanhar, como acontece nas
corridas de aventura.
Na abertura do Mundial de surfe, na Austrália, mais uma vez as
mulheres superaram seus pares
do dito sexo forte, o que traz de
volta a questão: será o primeiro
campeão mundial brasileiro de
surfe profissional uma mulher?
Vice-campeã mundial em 2002,
a catarinense Jacqueline Silva, 24,
abre o ano de 2004 com uma incontestável vitória nas boas ondas da Gold Coast, e pela primeira vez na história um brasileiro lidera o ranking do WCT.
A campanha para o título do
Roxy Pro evidencia que o Brasil
está muito bem representado na
elite mundial feminina. Na primeira fase, Jacque perdeu para
Tita Tavares, a outra brasileira
no Tour, que terminou num bom
quinto lugar. Tita também foi a
algoz de Jacque em 2002, vencendo-a por três vezes, o que talvez
tenha inviabilizado o título da
catarinense já naquele ano.
Apesar da rivalidade, as duas
são amigas e têm potencial para
obter o principal título do esporte.
Tita, cearense de origem humilde,
só não está melhor porque ficou
um longo período sem patrocínio.
Patrocinadores e estrutura não
têm faltado para a catarinense.
Ela é um dos poucos atletas que
competem no WCT com o privilégio de levar seu técnico às etapas.
Bira Schauffert foi quem deu a
primeira prancha a Jacque e a
acompanha há 15 anos. O resultado do trabalho pode ser medido
pela tranqüilidade com que Jacque enfrenta as adversárias.
Após a derrota na estréia para
Tita, Jacque foi para a repescagem, passou e daí para a frente
passeou. Na semifinal, contra a
local Melaine Redman-Carr, somou 16,27, mais que o dobro dos
pontos obtidos pelas outras três
semifinalistas. Surfou quatro ondas, e seus dois descartes seriam
suficientes para levá-la à final.
Na bateria decisiva, não deu
chances para a havaiana Rochelle Ballard. Faturou US$ 10 mil,
1.200 pontos e vai liderar o ranking até o final de abril, quando,
na etapa de Tavarua, nas Ilhas
Fiji, poderá usar e abusar da sua
manobra favorita, os tubos.
![](http://www.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
No masculino, nas mesmas ondas de Rainbow Bay, o destaque
nacional foi para o cabo-friense
Victor Ribas. Ele ficou em quinto
lugar no Quiksilver Pro, ao lado
de Kelly Slater, Mark Occhilupo e
Jake Paterson. Para chegar lá,
venceu entre outros o local favorito, Taj Burrow, e só perdeu nas
quartas-de-final, por menos de
meio ponto, para o americano
Taylor Knox. Outros quatro brasileiros ficaram em nono, e o bicampeão mundial Andy Irons
mostrou que está preparado para
o tri, mas perdeu na final para
Michael Lowe. A próxima etapa
do Tour 2004 ainda será na Austrália, o Rip Curl, em Bells Beach.
Tow-in World Cup
Terminou o período de espera da Copa do Mundo de ondas gigantes.
É o segundo ano que a prova não acontece. Acordo com patrocinador adiou o início da janela de espera, 15 de janeiro, cinco dias depois
de um swell épico no Havaí.
Corrida de aventura
Amanhã, à meia-noite, será a largada da quarta edição do Raid Terra.
Começando em Itirapina (SP), com equipes de quatro atletas e 250
km de extensão, a prova termina em Brotas (SP).
Surfe e siderurgia
No domingo, em Santos, funcionários da Cosipa definem os representantes da empresa na 57ª edição dos Jogos do Sesi, em abril.
E-mail sarli@trip.com.br
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