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TÊNIS
Gente que fez
THALES DE MENEZES
Os fãs de tênis puderam
acompanhar uma semana
cheia de personagens interessantes. Eis a lista:
Greg Rusedski - Sacar a 235
km/h é o retrato do estágio absurdo do tênis atual. Raquetes
feitas com tecnologia de ponta e
atletas com preparo físico de
Super-Homem dão nisso. Um
ace mais rápido do que a velocidade máxima de qualquer carro fabricado no Brasil.
O mais engraçado na obtenção do novo saque recordista de
Rusedski é que, antes desse ace
a 235 km/h, ele deu um saque a
232 km/h, mas o sueco Thomas
Enqvist devolveu!
Marcelo Ríos - O bad boy chileno venceu o Super 9 de Indian
Wells e, no caminho, devolveu a
Petr Korda a derrota acachapante sofrida na final do Aberto da Austrália.
Jan-Michael Gambill - Aos 20
anos, o norte-americano começa 1998 mostrando que a ascensão do ano passado não foi fogo
de palha. O garoto conseguiu o
que pouca gente pensava ser
possível em Indian Wells: parar
o furacão Agassi. Gambill já é
uma das grandes revelações da
temporada.
Andre Agassi - Antes de cair
diante de Gambill, o maridão
da Brooke Shields continuou
mostrando uma forma exuberante. Trucidou Sergi Bruguera
em dois sets e depois conseguiu
se impor num jogo duríssimo
com Patrick Rafter. E, como
sempre, deu show de plasticidade. O homem dos golpes impossíveis está de volta.
Steffi Graf - Até que a alemã
esboçou uma volta à antiga forma, mas foi novamente traída
pelas contusões. Infelizmente,
parece não ter forças para negar as previsões de aposentadoria, cada vez mais prementes.
André Sá - O brasileiro chegou a seu segundo título na
temporada. Faz por merecer a
convocação para a equipe brasileira da Copa Davis e constrói, aos poucos, uma evolução
sólida em sua carreira. Perdeu
ontem no qualifying do Lipton,
mas continua bem.
NOTAS
O número cinco
Nesta semana começa o Lipton, na Flórida. Movido por
um caminhão de dólares, é
mesmo o maior torneio do circuito depois dos quatro do
Grand Slam. O nível deve ser
excepcional, já que há muita
gente devendo boas exibições,
como Sampras, Graf, Bjorkman, Kuerten... E, claro, a volta de Andre Agassi ao grupo
dos vencedores.
Jogo da semana
Dá até para escolher. Três
partidas de Indian Wells entraram para a história: a final, em
que a agressividade de Ríos superou o canhão de Rusedski, e
as duas vitórias de Agassi,
diante de Bruguera e Rafter.
Contra o australiano, Agassi
beirou a perfeição no início do
terceiro set, quando abriu 4/0.
A cada passada bem-sucedida
de Agassi, as câmeras de TV
flagravam o olhar desolado de
Rafter. Sua expressão pedia um
daqueles balões de história em
quadrinhos: "O que esse cara
está fazendo comigo?".
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