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Fisco acusou evasão de US$ 2,3 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Absolvido ontem, o piloto Hélio Castro Neves era
acusado pela Justiça Federal americana por associação ilícita e evasão fiscal de mais de US$ 2,3 milhões de 1999 a 2004. Sua
irmã e empresária, Katiucia, e seu advogado, Alan
Miller, também responderam ao processo.
Segundo as acusações
da Procuradoria e da Receita dos EUA, Castro Neves, Katiucia e Miller sonegaram impostos de duas
fontes diferentes: do patrocínio da empresa capixaba Coimex Internacional e dos salários do piloto
na equipe Penske.
Entre 1999 e 2001, Castro Neves assinou contrato de patrocínio de US$ 2
milhões anuais com a Coimex. Segundo a acusação,
o valor era depositado na
conta da Seven Promotions, empresa offshore
criada no Panamá para
cuidar do marketing e da
imagem de Castro Neves.
Por um acordo, US$ 1,8
milhões eram devolvidos
para a conta da Coimex
nos EUA por ano. O piloto
ficava com os US$ 200 mil
restantes. Dos US$ 600
mil que recebeu em três
anos, Castro Neves teria
declarado só US$ 50 mil.
A acusação alegava que
o mesmo teria ocorrido
com seu salário na Penske.
O piloto firmou contrato
para receber US$ 6 milhões de 2000 a 2002.
Esse valor seria dividido
em US$ 1 milhão ao piloto
e US$ 5 milhões a serem
pagos para a Seven pelo
uso do nome do piloto em
publicidade e produtos.
Para evitar pagar os impostos sobre os US$ 5 milhões, os acusados teriam
criado um plano de pagamento de royalties que
exigia que a Penske depositasse o valor para uma
offshore holandesa, a Fintage, em vez da Seven.
Apesar de Castro Neves
ter sido alertado de que
não poderia efetuar o plano enquanto ele ou algum
parente fosse sócio da Seven, ele prosseguiu. Miller
e Castro Neves informaram ao conselho de impostos que nem o piloto nem
nenhum de seus parentes
tinha ligação com a Seven.
Com base nessas informações, a transferência foi
executada entre a Penske
e a Fintage, e nenhum imposto de renda foi pago
por Castro Neves.
Durante os depoimentos, o pai e homônimo do
piloto afirmou que havia
criado a Seven e que seu filho nunca havia sido proprietário da empresa.
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