DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A final da Copa da Uefa, disputada ontem, em Copenhague, na Dinamarca, pôs em evidência o goleiro brasileiro Taffarel, grande responsável pela vitória nos pênaltis do Galatasaray sobre o Arsenal, e a violência na Europa.
Após um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o Galatasaray, da Turquia, superou o Arsenal, da Inglaterra, por 4 a 2 na decisão de pênaltis.
Foi o primeiro título continental do Galatasaray e do futebol turco. Também foi a primeira decisão da nova Copa da Uefa, ""inchada" com mais times e valorizada após a extinção da Recopa.
Taffarel foi bastante exigido durante toda a partida. Especialmente no segundo tempo, em uma cabeçada do francês Henry e em duas finalizações do nigeriano Kanu, salvou sua equipe, que ficou com um jogador a menos por 29 minutos no segundo tempo e durante toda a prorrogação.
Nos pênaltis, mais uma vez Taffarel mostrou sorte -o croata Suker e o francês Vieira chutaram na trave. Outros dois brasileiros foram campeões: o zagueiro Capone e o atacante Mixirica
Mas a decisão foi marcada mais pela violência. Vários confrontos entre torcedores ingleses e turcos foram registrados desde a noite de anteontem em Copenhague.
Os conflitos aumentaram cerca de duas horas antes da final. No total, 15 torcedores ficaram feridos, sendo que cinco em estado grave -pelo menos três torcedores receberam facadas. Vários torcedores acabaram presos.
Cerca de 15 mil ingleses e 10 mil turcos foram à Dinamarca acompanhar a partida -cerca de 15 mil turcos já vivem no país.
Nas semifinais da Copa da Uefa, entre Galatasaray e Leeds, outro time inglês, também ocorreram sérios conflitos. Dois torcedores ingleses morreram na ocasião.
As brigas causaram vários danos materiais, pois os torcedores utilizaram pedras, garrafas e até bicicletas nos conflitos.
A polícia dinamarquesa havia se preparado para os confrontos, mas admitiu ter perdido o controle da situação. O quadro de violência aumenta a preocupação com a Eurocopa-2000, em junho.


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