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No clássico, torcedores admitem medo de violência
DA REPORTAGEM LOCAL
Para evitar a violência, os torcedores estão adotando medidas
como fugir das aglomerações e só
colocar a camisa do seu time dentro do estádio. A Folha ouviu 16
pessoas ontem no Canindé e todas disseram temer ir ao futebol.
A ambulante Izabel Bento, torcedora da Lusa, contou que quase
levou uma pedrada no último sábado, em Campinas, quando foi
ver seu time enfrentar o Guarani.
""Dei sorte, mas a pedra bateu no
rosto da menina que estava atrás
de mim", disse Bento.
Ela revelou que sempre leva a
camisa do seu time na bolsa. ""Já
imaginou se me vêem sozinha
com a camisa da Lusa na marginal (Tietê)?"
O vendedor Wágner Estevam
disse que ""os torcedores violentos
só atacam em bandos e brigam
por nada." Estevam, que estava
com a noiva, disse conhecer ""gente que espera torcedores adversários para brigar".
Para o administrador de empresas Luiz Fernando Júnior, a violência também é maior fora do estádio. Antes do início da partida,
os jogadores Emerson e Leandro,
da Lusa, carregaram uma faixa
com os dizeres: ""Violência, não!"
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