São Paulo, sexta-feira, 18 de maio de 2001

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Gerador é caro, requer espaço e está em falta

DA REPORTAGEM LOCAL

Tecnicamente viável, o plano de encher os estádios brasileiros de geradores de energia esbarra nos custos da operação e na falta de opções no mercado.
"Não aceitamos mais pedidos para junho", diz Rebeca Cassab, assessora de marketing da Poit, uma das maiores empresas de locação de geradores em São Paulo.
Mesmo que consigam encontrar a mercadoria que desejam, os donos dos estádios ainda terão que gastar um bom dinheiro e arrumar espaço para a instalação dos geradores no local.
Para iluminar um jogo no Morumbi, é preciso um conjunto de geradores que, somados, produzam 4.500 kVA -uma potência equivalente a 3.600 kW.
Caso tivesse que comprar o material, o São Paulo, dono do estádio, teria que investir cerca de R$ 1 milhão, além dos gastos com a instalação, que poderiam somar outros R$ 200 mil.
Com o mercado aquecido pela crise energética, o preço da locação para apenas um jogo ficaria em torno de R$ 35 mil. O clube ainda ficaria responsável pelo óleo diesel que move os geradores -em uma partida, até 900 litros são consumidos.
Como os modelos mais comuns de geradores têm capacidade de 450 kVA, são necessárias dez unidades para iluminar o Morumbi. Com o tamanho padrão dos aparelhos, seria necessária uma área de cerca de 35 m x 6 m para a instalação do maquinário no estádio.
Já que boa parte dos geradores não tem tratamento acústico, é preciso colocar as máquinas longe da torcida e em uma área sem circulação de público e que não possa ser atingida pela chuva.


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