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Gerador é caro,
requer espaço
e está em falta
DA REPORTAGEM LOCAL
Tecnicamente viável, o
plano de encher os estádios
brasileiros de geradores de
energia esbarra nos custos
da operação e na falta de opções no mercado.
"Não aceitamos mais pedidos para junho", diz Rebeca
Cassab, assessora de marketing da Poit, uma das maiores empresas de locação de
geradores em São Paulo.
Mesmo que consigam encontrar a mercadoria que
desejam, os donos dos estádios ainda terão que gastar
um bom dinheiro e arrumar
espaço para a instalação dos
geradores no local.
Para iluminar um jogo no
Morumbi, é preciso um conjunto de geradores que, somados, produzam 4.500
kVA -uma potência equivalente a 3.600 kW.
Caso tivesse que comprar
o material, o São Paulo, dono do estádio, teria que investir cerca de R$ 1 milhão,
além dos gastos com a instalação, que poderiam somar
outros R$ 200 mil.
Com o mercado aquecido
pela crise energética, o preço
da locação para apenas um
jogo ficaria em torno de R$
35 mil. O clube ainda ficaria
responsável pelo óleo diesel
que move os geradores
-em uma partida, até 900
litros são consumidos.
Como os modelos mais comuns de geradores têm capacidade de 450 kVA, são
necessárias dez unidades para iluminar o Morumbi.
Com o tamanho padrão dos
aparelhos, seria necessária
uma área de cerca de 35 m x
6 m para a instalação do maquinário no estádio.
Já que boa parte dos geradores não tem tratamento
acústico, é preciso colocar as
máquinas longe da torcida e
em uma área sem circulação
de público e que não possa
ser atingida pela chuva.
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