DA REPORTAGEM LOCAL

Em crise e com um time de juvenis em quadra, o Brasil ficou mais perto da terceira divisão da Copa Davis ao perder o duelo para a Venezuela em Caracas.
Contra tenistas que iniciam a carreira profissional, a modesta equipe venezuelana -Kepler Orellana, 344º do mundo, é o rival mais bem colocado no ranking- não encontrou dificuldades para fazer 3 a 0 nos dois primeiros dias de confronto em Caracas.
O Brasil, que de 1998 a 2003 integrou ininterruptamente a elite da Davis, enfrenta agora o perdedor de Equador e Peru -os equatorianos venciam por 2 a 0- em setembro para definir quem será rebaixado para a terceira divisão.
Semifinalista do torneio entre países em 2000, o Brasil chegou à atual situação por causa da disputa política em torno da Confederação Brasileira de Tênis.
Os principais tenistas do país, descontentes com a administração do presidente Nelson Nastás e liderados por Gustavo Kuerten, decidiram não disputar a Davis se o dirigente permanecer na CBT.
No primeiro confronto com o boicote, contra o Paraguai em abril, a entidade conseguiu montar uma equipe B, com o compromisso de que Nastás deixaria o cargo em maio. Como o presidente, que tem mandato até dezembro, permanece na CBT, foi necessário chamar juvenis.
Com a equipe principal, teoricamente o Brasil não teria dificuldades em nenhum dos dois confrontos e poderia tentar voltar à primeira divisão já em 2005.
A Venezuela, que nunca esteve no Grupo Mundial, a elite da Davis, e havia perdido os quatro confrontos anteriores contra o Brasil, confirmou sua permanência na segunda divisão em 2005 mesmo desfalcada de seu principal jogador, Jose de Armas, contundido.
Ontem, antes das duplas, foi encerrado o jogo entre Kepler Orellana e Bruno Rosa, interrompido na sexta por causa da chuva e da falta de luz natural quando o venezuelano vencia por 6/2 e 6/3. Orellana fez 6/4 no terceiro set.
Na partida de duplas, que começou atrasada por causa da chuva, os anfitriões tiveram outra vitória tranqüila. Orellana e Jimy Szymanski derrotaram Raony Carvalho e Caio Zampieri por 3 a 0 (6/1, 6/2 e 6/1).
Hoje as duas partidas de simples -Orellana contra Diego Cubas e Szymanski contra Rosa, pela programação inicial, que pode sofrer alterações- serão somente para cumprir tabela.