São Paulo, domingo, 18 de julho de 2004

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VÔLEI

Com formação inédita, equipe vai à decisão e tenta o 1º título invicto da tríplice coroa desde 92

Seleção encontra time e busca tetra da Liga

DA REPORTAGEM LOCAL

Bernardinho passou toda a Liga Mundial a procura de um time. Encontrou na última chance, e a seleção masculina busca hoje seu quarto título do torneio, o terceiro sob o comando do treinador.
Contra a Itália, oito vezes campeã, às 13h30, a equipe pode coroar a melhor campanha em um torneio da tríplice coroa desde 92.
O Brasil não chega invicto a uma decisão de Olimpíada, Mundial ou Liga desde que a seleção de José Roberto Guimarães conquistou o inédito ouro olímpico.
Este, aliás, é o único título que falta a Bernardinho no time masculino. Ele venceu o Mundial-2002 e as Ligas de 2001 e 2003.
Para manter a sina de decisões -desde 2001, o técnico só não disputou o ouro no Pan do ano passado-, Bernardinho decidiu arriscar e escalou uma formação inédita na competição.
Com os reservas, a seleção fez sua melhor apresentação na Liga até agora e marcou 3 sets a 0 (25/ 23, 32/30 e 25/20) sobre a campeã olímpica Sérvia e Montenegro.
A principal mudança na equipe foi a entrada de André Nascimento na vaga de Anderson.
As outras duas alterações foram reflexo das sucessivas contusões que assolaram o grupo.
O meio André Heller continuou na vaga que era de Rodrigão, sacado da fase decisiva por causa de uma lesão. Já Giba substituiu Giovane, que saiu anteontem com dores na panturrilha.
O time ainda teve Ricardinho, Dante, Gustavo e Escadinha.
Com a nova formação, os brasileiros aumentaram o arsenal de ataques e marcaram 10 pontos a mais que os sérvios: 47.
A entrada dos reservas fez o Brasil encolher: Giba mede 1,92 m contra 1,96 de Giovane, e André Heller tem seis centímetros a menos que os 2,05 m de Rodrigão. Mesmo assim, o time armou um paredão e fez oito pontos de bloqueio contra quatro do rival.
Além disso, os brasileiros conseguiram anular o grandalhão Ivan Milijkovic, 2,06 m, principal jogador de Sérvia e Montenegro, que chegou a se irritar com os sucessivos ataques perdidos.
Os europeus só tiveram melhor desempenho no saque: 7 a 3. Foi graças a isso, aliás, que a equipe conseguiu equilibrar o jogo no segundo set. Com dificuldade para armar as jogadas, o Brasil passou ceder contra-ataques ao rival.
No momento mais complicado da partida, no entanto, a nova formação mostrou sua maior qualidade. Os brasileiros tiveram tranqüilidade para salvar seguidos set points e fechar em 32 a 30.
Hoje, em Roma, tentam superar o cansaço -a Itália mudou a tabela e jogou primeiro ontem- e provar que Bernardinho encontrou o time que levará a Atenas.


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 13h30


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