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Gay adia reencontro com Bolt
Velocista norte-americano desiste dos 200 m e limita duelo com jamaicano ao revezamento 4 x 100 m
Recordista mundial nas duas distâncias, fenômeno da Jamaica diz que não está no melhor de sua forma física no evento em Berlim
DO ENVIADO A BERLIM
O segundo round da disputa
entre dois dos homens mais rápidos do planeta foi adiado.
Usain Bolt e Tyson Gay não
irão mais se enfrentar nos 200
m no Mundial de Berlim.
Campeão mundial em 2007,
o americano voltou a sentir a
lesão da virilha e desistiu das
primeiras baterias dos 200 m,
que começam hoje, às 5h05.
"Fiz o meu melhor na prova
dos 100 m, mas ainda sinto
muita dor", lamentou Gay, que
ficou com a prata anteontem
mesmo quebrando sua marca
pessoal ao registrar 9s71.
Logo após a disputa da final
dos 100 m, Gay teve uma reunião com os seus médicos e decidiu, ontem, cancelar a sua
participação. "Ele ainda sente a
virilha", relatou Mark Wetmore, agente do atleta americano.
Gay, porém, ainda está confirmado no revezamento 4 x
100 m pela equipe norte-americana e pode voltar a encontrar Bolt, que, ao lado de Asafa
Powell, defende a Jamaica.
Ontem, Gay e Bolt voltaram a
se encontrar na Alemanha. Os
dois, ao lado de Powell, receberam as medalhas dos 100 m.
Além de estar melhor fisicamente, Bolt tem mais um recorde mundial a seu favor no
revezamento 4 x 100 m.
A melhor marca na prova é
dos jamaicanos, com 37s10, obtida na final da Olimpíada de
Pequim, no ano passado.
Depois da final dos 100 m,
anteontem, com a vitória e a
quebra do recorde mundial,
com 9s58, Bolt volta à pista
com o clima bastante diferente
do da disputa da prova mais
clássica do atletismo.
Enquanto na véspera da decisão dos 100 m velocistas falavam em quebras de recordes
mundiais e comemorações especiais, agora, Bolt adotou um
discurso mais modesto.
"Será mais uma prova dura.
Outra batalha e sei que os meus
adversários vão me dar muito
trabalho", afirmou Bolt.
O jamaicano, 22, apesar da
confiança, não garante outra
quebra de recorde. A melhor
marca na prova dos 200 m é do
próprio Bolt, 19s30, obtida na
Olimpíada de Pequim.
"Não penso que vou bater o
recorde dos 200 m. Vou correr
o máximo que posso, mas ainda
tenho minhas dúvidas", disse o
recordista mundial, que fez
questão de frisar diversas vezes
que não está no auge de sua forma física na Alemanha.
"É uma temporada difícil para mim. Tive problemas e um
acidente de carro [em abril, na
Jamaica]. Mas estou bem."
Apesar de demonstrar respeito pelos adversários no
Mundial de Berlim e de não
pensar na quebra do recorde
nos 200 m, Bolt acredita que
ainda continuará no topo do esporte nos próximos anos.
Com a sequência do trabalho
desenvolvido com o técnico
Glen Mills, o jamaicano espera
estar ainda melhor em 2010.
"Minha dedicação ao esporte
é em tempo integral porque
pretendo permanecer entre os
três primeiros do mundo, vencendo e me divertindo", disse.
Sandro Viana também disputa as eliminatórias dos 200 m.
O brasileiro terá Bolt como um
dos adversários na quinta bateria da programação do evento.
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