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Além de beques, Neymar reúne desafetos entre técnicos rivais
DO ENVIADO A SANTOS
O ultimato dado pelo técnico Dorival Jr. a Neymar durante a tarde de ontem é mais
um capítulo de uma história
que o atacante tem feito crescer rodada após rodada.
Com habilidade fora do comum e dribles desconcertantes, já era de se esperar que o
jovem acumulasse desafetos
entre os zagueiros rivais.
Porém as atitudes do jogador do Santos têm dado a ele
uma nova categoria de críticos: os treinadores.
"Trabalho desde garoto no
futebol. Nunca tinha visto alguém tão mal-educado como
esse garoto. Estamos criando
um monstro no futebol brasileiro", disse o treinador do
Atlético-GO, René Simões,
após o jogo de quarta-feira.
Quando ainda era treinador do Grêmio, Silas, que hoje está no Flamengo, também
atacou o atleta, a quem chamou de cai-cai pouco antes
de os times duelarem nas semifinais da Copa do Brasil.
No jogo contra o Avaí, já
pelo Brasileiro-10, Neymar
aplicou no volante Marcinho
Guerreiro um chapéu com a
bola parada -drible semelhante ao dado no zagueiro
corintiano Chicão. Como resultado, ganhou chegadas
mais duras durante o jogo e
declarações raivosas de Antônio Lopes após a partida.
"Ele ficava dizendo para
os meus jogadores que era
milionário e que podia tudo", disse o técnico do Avaí.
Mas a coleção de desafetos
que Neymar conquistou no
banco não se resume apenas
aos técnicos adversários.
Quando dirigia a equipe
do litoral, no Brasileiro do
ano passado, Vanderlei Luxemburgo apelidou o garoto
de "filé de borboleta", graças
ao seu corpo franzino. "Ele
não está pronto para ser titular", afirmou na época.
Sob o comando de Luxemburgo, Neymar jogou pouco,
apesar de ter sido presença
constante na equipe vice-
-campeã paulista de 2009,
que tinha Vágner Mancini
como treinador.
(LL)
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