São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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Fama ajuda nos consultórios

DA REPORTAGEM LOCAL

Os holofotes do futebol servem como trampolim para os médicos ganharem novos pacientes em seus consultórios particulares.
Com uma remuneração baixa para os padrões dos grandes times, esses profissionais não escondem que a fama obtida curando astros rende frutos fora do futebol. ""O salário somados dos três médicos do Cruzeiro não chega a R$ 9.000. Muito jogador iniciante ganha mais, mas há o retorno de mídia, e a gente ganha dinheiro no consultório", afirma o cruzeirense Ronaldo Nazaré. "Agradeço à bola. Foi graças a ela que criei meus filhos", reconhece.
O corintiano Joaquim Grava tinha seu consultório em frente ao Parque São Jorge e só recentemente mudou para uma clínica vizinha ao parque Ibirapuera, em zona nobre paulistana. Grava tem entre seus pacientes "celebridades" de outras áreas, como a dançarina Carla Perez.
Já o santista Carlos Braga tem o consultório a dois quarteirões da Vila Belmiro. A proximidade, porém, pode ser arriscada. Braga viu sua clientela diminuir há cinco anos quando a imprensa de Santos repercutia a recuperação demorada de um jogador. "Parei de operar os atletas santistas nesse momento, afinal, é muito risco para pouco retorno. Agora só encaminho para outros cirurgiões", afirma o médico.
"Somos médicos de celebridades. A exposição é maior do que a dos cirurgiões plásticos das estrelas", diz José Sanchez. (PC E RB)


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