São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2006

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Muricy amansa, porém alfineta os gremistas

Propenso a manter esquema tático 4-4-2, treinador minimiza críticas à torcida adversária, mas dá estocada em cartolas rivais

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para o jogo com o Grêmio, o técnico Muricy Ramalho tem duas preocupações: o clima tenso com os gaúchos e o esquema tático de sua equipe.
Ontem, o treinador tentou minimizar a polêmica iniciada por ele, quando afirmou que torcedores gremistas jogariam bombas no hotel. Mas não deixou de dar alfinetadas na diretoria do clube gaúcho, que criticou suas declarações.
Um diretor gremista chegou a dizer que Muricy entregara a final da Taça Libertadores.
"Relatei o que aconteceu em 2004. Jogavam foguetes perto do hotel", afirmou sobre a véspera da final em que dirigiu o Inter. "[Os gremistas] devem ter imaginado, visto só uma parte da declaração. E falaram besteira. Gente que não entende de futebol", disse Muricy.
No treino, ele apareceu de boné vermelho, cor do Inter, mas negou ser provocação.
Muricy afirmou que sempre foi respeitado pela diretoria gremista. Admitiu que "é muito ruim jogar lá [Olímpico]" pela qualidade do Grêmio.
Para superar as dificuldades, Muricy tende a manter o esquema 4-4-2. Para isso, pode improvisar o zagueiro André Dias na lateral-direita, no lugar de Ilsinho, suspenso.
"Não gostaria de tirar o Souza do meio-campo, nem o Leandro de sua posição. Estão bem, e o que determina é o jogador. Mas teria de improvisar um cara leve na lateral."
André Dias está inativo há dois meses. Vai jogar após acordo com o Goiás e mandado de garantia da Justiça Desportiva.
Também pode voltar na zaga, com o retorno do esquema 3-5-2. Assim, Souza ficaria na ala direita. "Vou testar as duas formações e escolher."


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