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EXCLUSIVO
Empresa ligada a Pelé arma evento beneficente e fica com o dinheiro
France Presse
![](../images/s1811012001.jpg) |
Pelé, em entrevista na Argentina, na véspera da partida em homenagem a Maradona, no último fim de semana, em Buenos Aires |
MÁRIO MAGALHÃES
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
No dia 19 de novembro de 1969,
ao marcar no Maracanã o gol historicamente considerado como o
seu milésimo, o então jogador de
futebol Pelé ofereceu o feito às
"criancinhas do Brasil". Desabafou sobre as mazelas que as afligiam e pregou que o país olhasse
por elas.
Num projeto beneficente de
1995, a preocupação de Pelé estendeu-se, formalmente, à infância carente da Argentina. No final,
nenhuma criança do país de Maradona ganhou um só tostão ou
doação. Já uma firma com o nome do ex-atleta, transformado em
empresário esportivo e à época
ministro dos Esportes, ficou com
US$ 700 mil.
No dia 31 de janeiro de 1995,
num contrato com a assinatura
pessoal de Pelé, uma empresa localizada no paraíso fiscal das Ilhas
Virgens (Antilhas) se comprometeu a organizar de graça, num gesto de generosidade, uma partida
de futebol e um show, ambos com
jogadores e cantores de renome
mundial, para a seção argentina
do Unicef (Fundo das Nações
Unidas para a Infância). Pelé participaria sem nada cobrar.
O evento, batizado de Move the
World (Movimente o Mundo),
não foi realizado. O Unicef-Argentina nada ganhou. E a PS&M
Inc. (Pelé Sports & Marketing
Inc.), que recebeu US$ 700 mil para promover a festa, não repassou
dinheiro algum ao órgão da ONU.
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