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Um novo conceito para as organizadas
FERNANDO FAGIANI
especial para a Folha
Com a finalidade de atender
à solicitação de centenas de
torcedores e após inúmeras
reuniões, chegamos à conclusão que deveríamos fundar
uma nova torcida.
Assim, nasceu a Mancha Alviverde, um novo conceito de
torcida organizada, uma nova
mentalidade.
Algo que a diretoria já está
procurando mostrar e executar junto a seus sócios.
Uma pequena, mas importante amostra foi dada no último domingo, no estádio do
Morumbi, por ocasião da partida entre Palmeiras e Vasco
da Gama, onde não ocorreu
qualquer tumulto que nos desabonasse perante o público e
a sociedade. Infelizmente, esse
ato pacífico não mereceu o devido destaque na mídia.
Foi um primeiro passo, mas
muito grande para quem quer
ser grande. E será.
Aqui estão alguns novos conceitos que pretendemos desenvolver na Mancha Alviverde:
- ajuda a entidades carentes,
asilos, creches e ação filantrópica que nossa diretoria resolver implementar.
- fazer valer a força diretiva,
para punir e eliminar sócios
que não ajam de acordo com
as nossas normas.
- a Mancha não se responsabilizará civil ou criminalmente por atitudes isoladas e pessoais de seus associados.
Em breve, nos estabeleceremos em sede social própria,
onde funcionará uma creche
para atender a comunidade
local e os próprios associados.
E não iremos aceitar de maneira alguma que desmereçam
o nosso trabalho social.
Gostaríamos de esclarecer
que a nossa intenção não foi e
nem será desafiar a Justiça ou
o Poder Público, como já foi
aventado.
Simplesmente, estamos nos
organizando para demonstrar
o nosso amor à Sociedade Esportiva Palmeiras, esta sim, a
verdadeira razão de nossa
existência.
Óbvio, não poderíamos ficar
de fora de uma final de campeonato na qual o Palmeiras
buscará obter seu quinto título
brasileiro.
Estaremos no Maracanã, no
próximo domingo, com 70
bandeiras, faixas e uma bateria composta por 50 ritmistas
do Bloco Mancha Verde.
Nossa caravana deverá ser
composta de 50 a 70 ônibus. E,
hoje mesmo, estaremos fazendo contato com a Força Jovem,
a maior organizada vascaína,
a fim de assegurar o encontro
entre os torcedores, algo que
foi impedido pela polícia, em
São Paulo -preparamos até
um churrasco para recebê-los,
mas eles não puderam aproveitar.
Essa é uma atitude, um
exemplo clássico de como pode
ser evitada a violência no futebol.
Mas isso não é tudo. Antes
do embarque, todos serão
orientados pela diretoria das
normas da viagem. Quem não
estiver disposto a segui-las receberá o dinheiro da passagem
de volta e não embarcará.
E, ao final da partida, voltaremos imediatamente a São
Paulo para podermos comemorar o pentacampeonato
com os outros palmeirenses em
nossa cidade.
Sabemos que grande parte
da sociedade é contra o retorno das torcidas organizadas
aos estádios. Mas é justamente
por isso que estamos fundando
a Mancha Alviverde.
Fernando Cesar Fagiani, 33, o Nandão, autônomo, é presidente do Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde
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