São Paulo, quinta, 18 de dezembro de 1997.



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AÇÃO
O esporte do futuro

CARLOS SARLI
Será o esqui na neve um esporte em extinção? Se depender dos pais dedicados que incentivam a prática aos filhos de três ou quatro anos de idade, a resposta é não. É fácil comandá-los nessa idade -ao menos enquanto se fala em diversão. Se, quando crescerem, irão migrar para outro esporte, só o futuro dirá.
Surgido há mais de 2.000 anos antes de Cristo e promovido a esporte/lazer no século passado, o esqui vem tomando um banho do snowboarding, que tem apenas 15 anos. O prazer de deslizar em uma só prancha domina os pés dos que têm menos de 20 -entre estes, muitas garotas-, e o snowbording vem roubando adeptos das duas pranchas entre a rapaziada de 20 a 30 anos. E também não discrimina os mais velhos, embora nessa faixa o esqui domine.
Estive nos últimos dias nas três mais populares estações de esqui dos EUA. Juntas, Vail, Breckenridge e Keystone, além de Beaver Creek, levaram 4,89 milhões de pessoas às montanhas nevadas do Colorado para se divertir na temporada passada. Com passes de acesso (skilifits) integrados, a Vail Resorts, controladora do pool das quatro estações, estima em quase um terço o número de praticantes do snowboarding. E os que lá trabalham profetizam: em cinco anos, será fitfy-fitfy. A indústria de equipamentos de esqui está tentando reverter esse quadro. Depois de uma década moribunda, há dois anos, os fabricantes se tocaram e andaram inovando. Os esquis parabólicos, ou "shapes", associados a uma elevação dos "bindings" (onde o pé é fixado no esqui) contribuíram para a melhoria da performance dos esquiadores médios. Sem dúvida, um progresso, especialmente para o mercado.
Mas a verdade é que, proibido até pouco tempo atrás em várias estações e ainda limitado em algumas, o snowboarding vem dominando o espaço com a força e a velocidade de uma avalanche. Na primeira linha do release de apresentação da temporada 97/98 da Vail Resorts, logo percebi a mudança. Esquiadores e snowboarders eram tratados em pé de igualdade. O snowboarding é o esporte do futuro na neve e uma onda que tem muito a progredir.

Depois de vários dias "storm" as ondas assentaram, e a última etapa do WCT teve início. Mas durou pouco. Apenas seis baterias foram disputadas. Os brasileiros Victor Ribas, Fabio Silva e Renan Rocha, que substituiu Neco Padaratz, estão classificados.
A pista ZN Skatepark fechou suas portas depois de oito anos abrigando skatistas. Mas ainda dá para entrar pelos fundos. Os skatistas espertos vão dropar de graça até o final do ano, quando a pista será demolida.






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