DO ENVIADO A ZURIQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelé marcou presença ontem também na cerimônia de gala da Fifa. Ele recebeu um prêmio da presidência da entidade ""em reconhecimento por seus excepcionais serviços para o futebol".
Em seu discurso, o brasileiro disse que seu talento ""foi um presente de Deus", a quem agradeceu. Também lembrou de seu pai e chorou.
O ""Rei", que disse ter ""orgulho de fazer parte da maior família do mundo, a família do futebol", mostrou-se incomodado ao ser questionado se o prêmio que recebeu de Joseph Blatter teria sido para compensar sua ausência no anúncio oficial do Brasil como sede da Copa-2014.
""Não tem nada a ver", disse, acrescentando crítica à imprensa brasileira. ""O que vocês têm que destacar é que o Brasil está no topo, mais nada." Em seguida, seus ataques se voltaram contra os políticos. ""Enquanto os políticos fazem besteira no Brasil, o nosso futebol faz bonito no exterior. O futebol lava a cara do Brasil", afirmou.
Ele chamou de ""festa brasileira" a premiação da Fifa.
Sobre o seu troféu, Pelé disse que ""coroa as três Copas" que ganhou e que foi uma surpresa. ""Desconfiei de que algo diferente aconteceria quando soube que Beckenbauer e Bobby Charlton também estariam aqui."
O brasileiro chamou Blatter de ""pai" da família do futebol e, emocionado, enrolou-se na hora de entregar troféus para os melhores do mundo. O argentino Messi, segundo colocado, recebeu troféu do terceiro, Cristiano Ronaldo, e vice-versa. Depois, com intervenção de Blatter, fizeram a troca.
Pelé deu abraço em Kaká e elogiou o novo melhor do mundo. ""Vem jogando nesse nível há quatro anos. Ajuda no meio-campo e é um grande exemplo também fora do campo. É um jogador completo", falou. Sobre Ronaldinho, Pelé disse que o gaúcho ""recuperará o melhor nível".