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POLÍTICA
Ministério só investiu 16,13% do total previsto no orçamento de 2005 e teve pior desempenho entre órgãos federais
Esporte foi o menos eficiente para gastar
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério do Esporte foi o órgão do governo federal que gastou menos, percentualmente, do
total previsto no orçamento de
2005. Até agora, somente 16,13%
do dinheiro previsto se transformou em investimento efetivo.
É o que comprovam dados
do Siafi (Sistema Integrado de
Administração Financeira do
Governo Federal) e do site
www.contasabertas.com.br.
No site, há uma comparação da
execução orçamentária entre todas as pastas e órgãos federais.
Nesse levantamento, baseado no
Siafi, o ministério utilizou somente 16,08% dos recursos.
Dados mais recentes do sistema
obtidos pela Folha somaram
0,05% a esse percentual. Mesmo
assim, a pasta do Esporte se mantém abaixo dos 17,18% do Ministério de Minas e Energia, que ocupa a segunda colocação entre os
que menos usaram verbas do orçamento do ano passado.
Outras pastas, como Educação e
Saúde, alcançaram índices de
mais de 80% de recursos pagos do
total previsto no início de 2005. O
governo federal tem média de
execução de 65,73%.
Pelo Siafi, estavam previstos
gastos no Esporte de R$ 683,4 milhões no ano passado. O valor inclui também as emendas parlamentares à pasta.
Do total, R$ 424,1 milhões foram empenhados (gasto autorizado pelo governo). Mas, até agora,
somente R$ 110,7 milhões chegaram ao seu destino.
Dentro do ministério, dois programas sociais foram os que receberam a maior parte dos recursos
a que tinham direito.
Um deles, o Inserção Social pela
Produção de Material Esportivo,
que atende presidiários, registrou
70,13% de execução orçamentária, ou seja, R$ 10 milhões de R$ 14
milhões. Já o Segundo Tempo, cujo público são estudantes, chegou
a 31,87% (R$ 50,8 milhões).
No programa Esporte e Lazer da
Cidade, porém, foram pagos apenas 2,8% do total de R$ 365,8 milhões. Esse projeto inclui a construção de quadras e centros esportivos. Ou seja, só R$ 10,1 milhões foram investidos com essa
finalidade em 2005.
Foi esse programa que registrou
a maior diferença de verba entre o
que deveria ser usado e o que acabou sendo executado pela pasta.
Outro problema está nos programas Esporte de Alto Rendimento e Rumo ao Pan-2007. No
primeiro, que inclui investimento
na base e na elite esportiva,
10,79% do total previsto chegaram ao destino final, ou seja, R$
5,8 milhões. Para o Pan-2007, a
verba investida chegou a 9,97%
do total em 2005, o que permitiu a
liberação de R$ 5,7 milhões.
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