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VÔLEI
Gigantes brasileiras
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Você sabia que há 23 jogadoras disputando a Superliga com altura superior ou
igual a 1,87 m? Os dados são do
novo técnico da seleção feminina, Marco Aurélio Motta. Em
busca de atletas mais altas para
a equipe nacional, ele tem procurado assistir ao maior número possível de jogos dessas gigantes brasileiras.
De olho no futuro, Marco Aurélio já mostra novas idéias:
além de comandar a seleção, ele
quer formar um grupo com 12
atletas mais jovens, na faixa dos
20 anos, e com potencial físico.
O objetivo não é fazer uma seleção "B", mas iniciar os treinamentos com essas novas atletas
e passar a acompanhá-las mais
de perto. Aos poucos, elas podem reforçar a seleção. A estatura não é uma obsessão para o
técnico, mas os dados indicam
que esse é um fator cada vez
mais fundamental no vôlei.
Segundo o próprio Marco Aurélio, a cada quatro anos a média de altura entre as seleções
internacionais aumenta dois
centímetros. Mas o técnico também sabe: pelo menos nos próximos anos, o Brasil não terá uma
seleção tão forte fisicamente como Cuba e Rússia, mas seu objetivo é reduzir as diferenças.
Na Superliga, a semana promete: quinta, Suzano vai ferver
com o duelo entre a equipe da
casa e o supertime do Telemig/
Minas, que tem 20 vitórias e é o
único invicto do torneio.
O Minas, do técnico Cebola,
tem uma campanha perfeita e
pelo menos três fatores que estão garantindo o sucesso: Maurício, melhor levantador da Superliga; Ezinho, dono da melhor
recepção do torneio; e o ataque
mais eficiente da competição liderado pelo canhoto André, a
revelação da temporada.
Mas o Suzano, do técnico Ricardo Navajas, vem crescendo
no torneio. Está há sete jogos
sem perder e ocupa o terceiro lugar na tabela. Além disso, conta
com um grande levantador, o
canhoto Ricardinho, e dois atacantes da pesada, Dante e Marcelo Negrão.
Na rodada do fim-de-semana,
o destaque foi o atacante Ricardo Roim e seu saque devastador. O seu time, a Unisul, estava
perdendo para o Vasco/Três Corações por 14 a 11 no quinto set.
Roim foi para o saque e, acredite se quiser, deixou tudo igual. A
Unisul virou o set e venceu um
jogo que parecia perdido.
No feminino, o Vasco, da técnica Isabel, tem superado com
valentia os problemas de quase
quatro meses de atrasos de salários. O time, que conta com a levantadora Fernanda Venturini
cada dia mais inspirada, é o líder com duas derrotas em 16
partidas. Mais: há nove jogos
não sabe o que é perder.
Fora do Brasil, a novidade é a
possível volta de Julio Velasco às
quadras. Ele tem convite para
dirigir a seleção da Espanha, do
atacante Rafael Pascual.
Para os esquecidos, Velasco foi
o responsável pela construção
do império italiano. Foi bicampeão mundial, pentacampeão
da Liga e medalha de prata
olímpica com a seleção masculina da Itália. Há quatro anos, o
técnico se transferiu para o futebol. Trabalha na Inter de Milão.
O desafio será obter a curto
prazo bons resultados com a Espanha, décima colocada em
Sydney. Lembre-se de que Velasco assumiu a Itália no final
dos anos 80, quando o país não
tinha tradição de títulos. Porém
ele tinha uma geração bem mais
talentosa do que a da Espanha.
Italiano
O Napoli, da brasileira naturalizada italiana Ana Paula De Tassis, foi a surpresa da 15ª rodada do Campeonato Italiano. O time, décimo colocado na classificação, venceu o líder Bergamo
por 3 sets a 1. Em 15 jogos, foi a segunda derrota do Bergamo e a
quarta vitória do Napoli. Já o Spezzano, desfalcado da atacante
Hilma, perdeu por 3 sets a 0 do Reggio Emilia, lanterna do campeonato, e caiu para a penúltima posição. A equipe do Modena,
de Ana Flávia, está em terceiro lugar na tabela.
Peneira
Atenção, garotada: de 5 a 7 de março, o Banespa fará a sua tradicional peneira para escolher novos atletas para seus times masculinos. Os requisitos: meninos nascidos entre 1983 e 1985. O
objetivo é selecionar de 10 a 15 jogadores para as equipes infanto-juvenil e juvenil. Os testes ocorrerão a partir das 8h no ginásio do Banespa (avenida Santo Amaro, 5.355), em São Paulo.
E-mail cidasan@uol.com.br
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