São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 2001

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AUTOMOBILISMO

Dale Earnhardt, sete vezes campeão da Nascar, morre aos 49

Acidente mata herói americano

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um acidente na última curva da última da volta das 500 Milhas de Daytona matou ontem Dale Earnhardt, 49, um dos maiores mitos do automobilismo dos EUA.
Sete vezes campeão da Nascar, o popular campeonato norte-americano de stock-car, Earnhardt tocou seu Chevrolet no Dodge de Sterling Marlin, rodou, bateu a 290 km/h no muro da curva 4 e acabou sendo abalroado pelo Pontiac de Ken Schrader, a cerca de 800 metros da chegada.
Era, até então, o quarto colocado na corrida, abertura da temporada, vencida por Michael Waltrip. Dale Earnhardt Jr., seu filho, chegou em segundo -ambos a bordo de carros da família.
A extração de Earnhardt demorou alguns minutos e só se deu depois de os fiscais cortarem ferragens e o teto do carro. Em seguida, o piloto foi removido ao hospital do circuito, para onde Earnhardt Jr. seguiu sem comparecer ao pódio. A morte do veterano piloto foi anunciada quase que imediatamente pelos organizadores.
Outro acidente, que envolveu 19 carros, a 25 voltas do final, já havia mandado Tony Stewart para o hospital. O piloto passa bem.
Pouco conhecido no Brasil, Earnhardt era uma verdadeira lenda nos Estados Unidos. Além dos sete títulos, mesmo número que Richard Petty, um dos pioneiros da Nascar, acumulava 76 vitórias, atrás apenas dos 84 triunfos de Darrell Waltrip, irmão mais velho do vencedor de ontem na Flórida.
Earnhardt era considerado também um dos responsáveis pelo boom da categoria, que, em pouco mais de duas décadas, passou de um campeonato de caráter regional para uma das grandes atrações da TV norte-americana.
Apenas em direitos de transmissão, a Nascar vai receber nos próximos seis anos US$ 2,8 bilhões, 300% a mais do que o contrato anterior. E, só de patrocínio, as equipes faturarão nesta temporada mais de US$ 1 bilhão.
A morte de seu maior mito, porém, deixa a Nascar em xeque. No ano passado, três mortes ocorreram, provocando alterações no regulamento -restrições aerodinâmicas, que fizeram a pole desta edição ser a pior em 30 anos.
Na última semana, uma das montadoras presentes na categoria, a Ford, chegou a pedir a volta do regulamento anterior, por testes no túnel de vento indicarem desvantagem para seu modelo.



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