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AUTOMOBILISMO
Dale Earnhardt, sete vezes campeão da Nascar, morre aos 49
Acidente mata herói americano
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Um acidente na última curva da
última da volta das 500 Milhas de
Daytona matou ontem Dale Earnhardt, 49, um dos maiores mitos
do automobilismo dos EUA.
Sete vezes campeão da Nascar, o
popular campeonato norte-americano de stock-car, Earnhardt tocou seu Chevrolet no Dodge de
Sterling Marlin, rodou, bateu a
290 km/h no muro da curva 4 e
acabou sendo abalroado pelo
Pontiac de Ken Schrader, a cerca
de 800 metros da chegada.
Era, até então, o quarto colocado na corrida, abertura da temporada, vencida por Michael Waltrip. Dale Earnhardt Jr., seu filho,
chegou em segundo -ambos a
bordo de carros da família.
A extração de Earnhardt demorou alguns minutos e só se deu depois de os fiscais cortarem ferragens e o teto do carro. Em seguida, o piloto foi removido ao hospital do circuito, para onde Earnhardt Jr. seguiu sem comparecer
ao pódio. A morte do veterano piloto foi anunciada quase que imediatamente pelos organizadores.
Outro acidente, que envolveu 19
carros, a 25 voltas do final, já havia
mandado Tony Stewart para o
hospital. O piloto passa bem.
Pouco conhecido no Brasil, Earnhardt era uma verdadeira lenda
nos Estados Unidos. Além dos sete títulos, mesmo número que Richard Petty, um dos pioneiros da
Nascar, acumulava 76 vitórias,
atrás apenas dos 84 triunfos de
Darrell Waltrip, irmão mais velho
do vencedor de ontem na Flórida.
Earnhardt era considerado também um dos responsáveis pelo
boom da categoria, que, em pouco mais de duas décadas, passou
de um campeonato de caráter regional para uma das grandes atrações da TV norte-americana.
Apenas em direitos de transmissão, a Nascar vai receber nos
próximos seis anos US$ 2,8 bilhões, 300% a mais do que o contrato anterior. E, só de patrocínio,
as equipes faturarão nesta temporada mais de US$ 1 bilhão.
A morte de seu maior mito, porém, deixa a Nascar em xeque. No
ano passado, três mortes ocorreram, provocando alterações no
regulamento -restrições aerodinâmicas, que fizeram a pole desta
edição ser a pior em 30 anos.
Na última semana, uma das
montadoras presentes na categoria, a Ford, chegou a pedir a volta
do regulamento anterior, por testes no túnel de vento indicarem
desvantagem para seu modelo.
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