São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011

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Homologação só sai se percurso obedece regras

DE SÃO PAULO

Boston sempre teve um dos percursos mais desafiadores para os maratonistas da elite. Mas sua topografia acidentada é um impedimento para que recordes mundiais sejam registrados na cidade.
O regulamento de competições da Iaaf (a entidade máxima do atletismo) diz que, para efeito de recorde em corridas de rua, a redução total na altitude entre o ponto de largada e o de chegada não pode exceder a média de um metro por quilômetro de prova.
No caso da maratona, 42 metros. Em Boston, ela é mais que o triplo disso.
O documento da entidade ainda estabelece que os locais de início e do fim da maratona, "medidos por uma teórica linha reta entre eles, não devem ser separados por mais de 50% da distância" da corrida.
O intuito é forçar percursos elaborados, com mais curvas e menos retas.
Mas, em Boston, o percurso é praticamente em linha reta, com poucas conversões drásticas até a chegada, o que contribui para que o vento influencie mais no desempenho.
Uma prova de que isso ocorreu ontem é que os quatro primeiros foram melhores que o campeão de 2010, até então o mais rápido dessa tradicional maratona -foi a 115ª edição, sempre em 17 de abril, data do início da luta pela independência dos EUA.
A acirrada disputa também ajudou. Nos últimos quilômetros, Moses Mosop acelerou. Temendo perder, Geoffrey Mutai imprimiu um ritmo ainda mais forte, o que culminou com a quebra do recorde. Que não será validado.


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