São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011

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Campeão foi lenhador antes de ser atleta

DE SÃO PAULO

Como a maioria dos corredores africanos, Geoffrey Kiprono Mutai é de origem humilde e passou por inúmeras dificuldades até ser considerado um maratonista de elite.
Sem dinheiro, teve de abandonar a escola, no distrito de Koibatek, no sudoeste do Quênia. Seu pai perdeu o emprego em uma grande companhia têxtil, e Mutai dedicou infância e adolescência ao atletismo.
Aos 21, conseguiu se classificar para o Mundial juvenil, na Jamaica. Ao descobrir que não tinha registro de nascimento, foi impedido de viajar.
Desistiu da ideia de ser atleta quando se contundiu em um treinamento.
Conseguiu um emprego de lenhador na companhia de energia elétrica do Quênia. Sua função era derrubar árvores cujos troncos seriam utilizados como postes de luz nas cidades pequenas do país.
Largou o emprego em 2005 e voltou a se dedicar ao esporte, já de posse da certidão de nascimento.
Fez provas de fundo e corridas de rua na África. Surgiu no cenário das maratonas somente em 2008.
Foi campeão da maratona de Mônaco, em sua primeira experiência na distância, com 2h12min40s.
No mesmo ano, venceu em Eindhoven, com recorde da prova (2h07min50s). Foi um consolo por ter ficado em nono na eliminatória queniana dos 10 mil m em Pequim-08. Voltou a vencer em Eindhoven na temporada seguinte.
Desde sua primeira experiência em maratonas, há três anos, em Mônaco, Mutai melhorou sua marca em mais de nove minutos. Treina só, no Quênia, porque se diz "livre".


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