da Reportagem Local

No Palmeiras, brigas, internas e externas. No São Paulo, desentendimentos por questões contratuais dos atletas que impediam a definição exata da equipe.
Esse foi o clima dos times na semana de preparação para a primeira partida da semifinal, hoje, às 16h, no Morumbi.
O treino de preparação do Palmeiras, anteontem, foi encerrado com um soco desferido pelo técnico Luiz Felipe Scolari em um repórter que o questionou sobre a proibição de torcedores acompanharem o coletivo, em Barueri.
No dia anterior, o atacante Paulo Nunes desentendera-se com o goleiro Velloso por questões de posicionamento no treino.
Os jogadores palmeirenses preferiram não se manifestar em relação às discussões, mas, ao final do treino de anteontem, era evidente o clima de tensão no grupo.
Já o São Paulo teve uma manhã de sexta-feira tumultuada por desavenças relacionadas à venda do meia-atacante Denílson ao Betis, da Espanha.
A notícia de que o atleta poderia ser suspenso preventivamente por 15 dias por estar jogando pelo São Paulo tendo sido vendido ao time espanhol foi suficiente para que até o novo presidente do clube, José Augusto de Bastos Neto, perdesse o controle.
Um ex-dirigente são-paulino, em conversa com a reportagem da Folha, chegou a suscitar desconfiança sobre a veracidade dos rumores, atribuindo-os a um suposto "esquema Parmalat", referência à multinacional italiana que patrocina o Palmeiras.
Até o dia anterior, o técnico Nelsinho Batista não sabia se poderia contar com o lateral-esquerdo Serginho, que só na tarde de quinta-feira foi liberado pela Fifa (entidade que comanda o futebol mundial) para jogar.
O atleta fora suspenso de suas atividades em razão de um pré-contrato assinado com o Bayer Leverkusen, da Alemanha.
O negócio nem foi concluído, mas o clube alemão fez valer seus direitos amparado pelo acordo, depois abrindo mão.
A indefinição das escalações, em virtude principalmente de contusões, aumentou a expectativa em torno do clássico.
O meia Zinho, principal articulador das jogadas do Palmeiras, teve uma contratura muscular na coxa e passou a semana inteira realizando tratamento.
No treino de anteontem, participou do coletivo, mas sua escalação só será definida no vestiário.
No São Paulo, o mesmo ocorre com o meia Carlos Miguel.
Com uma lesão muscular na coxa, tem menos chance de jogar que Zinho.
Se tiver condições, no entanto, pode barrar o atacante Dodô, principal artilheiro do time no ano passado, mas que em 98 vem perdendo a condição para França. "No dia em que perder a posição, paro de jogar", diz Dodô. (LUIZ CESAR PIMENTEL E FÁBIO VICTOR)

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