São Paulo, domingo, 19 de abril de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Palmeiras joga com nervos de final de Copa
ALBERTO HELENA JR.
Afora o grau de imprevisibilidade, fruto da tradição que
nivela os dois velhos antagonistas de hoje, cada um exibe
personalidade definida e diferente do outro, não necessariamente aquela que se confunda
com sua própria história. Resumindo aquela historieta do 4-3-3, lembram-se? Pois fica, então, claro que tivemos surtos da aplicação desse sistema, consequência das características pessoais de três jogadores: Cláudio, Telê e, mais tarde, Zagallo, na seleção. A propósito, vale lembrar que, tanto em 58 quanto em 62, o preferido dos técnicos Feola e Aymoré era Pepe, um ponta ofensivo e goleador, o oposto de Zagallo. Na verdade, o 4-3-3 só foi teorizado e aplicado com método por Zagallo, já técnico, no final dos anos 60, no Botafogo, com Paulo César Caju, e na conquista do tri, com Rivellino deslocado para a ponta ocupada antes pelo ofensivo Edu. Aí, boto uma peninha: mas já não era 4-4-2, com o recuo constante de Pelé pelo meio? Era. Mas, se entrarmos por esse caminho, vamos voltar ao início da história, quando do outro lado da linha estava o legendário Cláudio Cristóvão de Pinho relembrando seu gesto pioneiro ao criar o 4-3-3 no Corinthians dos anos 50. E Jackson? -perguntei-lhe. Cláudio estacou do outro lado, até que lhe caísse a ficha: "É verdade, Jackson era um meia-armador, que voltava pela esquerda para organizar o meio-campo, comigo, com o Luisinho, o Roberto Belangero..." E eu aqui somando: Cláudio, Luisinho, Jackson e Roberto. São 4, 4-4-2. Pois é. Alberto Helena Jr. escreve aos domingos, segundas e quartas Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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