São Paulo, domingo, 19 de abril de 1998

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FUTEBOL
Último confronto entre rivais, há quase dois meses, marcou reversão do desempenho de Palmeiras e São Paulo
Ascensão e queda espreitam clássico

FÁBIO VICTOR
LUIZ CESAR PIMENTEL
da Reportagem Local

Fernando Santos/Folha Imagem
O atacante França conduz a bola em treinamento tático no estádio do Morumbi


O último confronto entre São Paulo e Palmeiras, no dia 25 de fevereiro, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas, foi o divisor de águas no rumo das equipes em 98.
O São Paulo venceu no tempo normal (1 a 0) e nos pênaltis (3 a 2) e classificou-se para a semifinal do Torneio Rio-São Paulo.
As equipes que jogam hoje às 16h, no Morumbi, parecem ter invertido os papéis em relação àquelas que iniciaram o ano.
Apesar da eliminação, até aquele jogo, o Palmeiras era o time paulista com melhor desempenho na temporada.
Em 11 jogos (pelo Rio-São Paulo e Copa do Brasil), vencera 8, empatara 2 e perdera apenas 1 -aproveitamento de 78% dos pontos.
Mais que isso, aliava aos números um futebol técnico e um sistema tático eficiente.
O São Paulo era o inverso.
Em nove partidas, pelos mesmos torneios, vencera duas, perdera duas e empatara quatro -aproveitamento de pontos de 40%.
Era um time em formação, que iniciara a temporada com um técnico -Dario Pereyra- e tentava encontrar um esquema tático com o recém-contratado Nelsinho Batista, que assumiu no início do Torneio Rio-São Paulo.
Após aquele jogo, a situação se alterou.
O aproveitamento do São Paulo subiu para 74% (nove vitórias, dois empates e duas derrotas) e o do Palmeiras caiu para 61% (seis vitórias, quatro empates, duas derrotas).
A inversão de papéis foi mais evidenciada dentro de campo.
O Palmeiras é um time desestruturado, com muitas falhas na defesa e limitações táticas.
Apesar de vencer os seus três últimos jogos, todos por placares apertados, jogou mal e chegou a ser sufocado pelo adversário.
O São Paulo, por sua vez, tem conseguido manter um alto padrão de jogo. No Paulista, tem o melhor aproveitamento de pontos (83,3%), a melhor defesa ao lado do Corinthians (10 gols sofridos) e o melhor ataque (31 marcados).
"Eles passaram a ter bom aproveitamento ofensivo e melhoraram o posicionamento defensivo. Nós nos mantivemos bem ofensivamente, mas tivemos falhas defensivas", interpreta o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari.
Já o técnico são-paulino considera que o avanço foi progressivo.
"A evolução foi rápida, mas com base, alicerçada. Nós conseguimos progredir gradativamente, por setores", afirma Nelsinho Batista.



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