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FUTEBOL
Técnico quer usar Copa das Confederações para reassumir posto perdido
Volta ao topo de ranking é
a nova prioridade de Leão
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Dois dias depois de o Brasil perder a liderança do ranking da Fifa,
o técnico da seleção, Emerson
Leão, convocou ontem os jogadores para a Copa das Confederações e disse que seu objetivo é recolocar o país no primeiro lugar
da lista após o torneio.
""Vamos para o Japão com a intenção de conseguir recuperar o
primeiro lugar no ranking da Fifa
e dar um bom andamento à seleção"", disse Leão, que corre o risco
de perder o cargo depois da competição, que será aberta no dia 30,
na Coréia do Sul.
A situação do treinador é delicada. Como se não bastasse a queda
no ranking, a seleção de Leão acumula dois péssimos resultados
nas últimas partidas pelas eliminatórias da Copa-2002. Em março, o time perdeu para o Equador,
por 1 a 0, em Quito. No mês passado, empatou com o Peru, em 1 a 1,
em pleno Morumbi. O Brasil está
em quarto lugar no torneio.
Desde a conquista da Copa do
Mundo de 1994, o Brasil liderava o
ranking de seleções da Fifa. Na
quarta-feira, a entidade máxima
do futebol mundial anunciou que
a França, atual campeão mundial
e que pode enfrentar a seleção na
Copa das Confederações, está em
primeiro lugar, com 796 pontos,
dois a mais que o Brasil.
Leão sabe que um fracasso no
Japão poderá deixá-lo desempregado, mas preferiu, ontem, não
comentar a hipótese. ""Sou um
otimista. Não penso nessas coisas", disse o treinador, visivelmente desconfortável.
Ele respondeu com agressividade aos jornalistas e fez questão de
ir embora logo após o final da entrevista coletiva. Nas outras convocações, sempre ficava conversando com integrantes da comissão técnica e com repórteres.
Além dos resultados negativos
do time, Leão está sendo desprestigiado pela própria direção da
CBF. Na semana passada, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, decidiu intervir no trabalho
do treinador. Para a próxima partida da seleção nas eliminatórias,
Teixeira obrigou Leão a convocar
vários jogadores que estavam
afastados, como Rivaldo, Roberto
Carlos, Cafu e Antônio Carlos. O
Brasil enfrentará o Uruguai, no
dia 1º de julho, em Montevidéu.
Atualmente, Teixeira está na
Europa negociando com os clubes a liberação dos seus principais
jogadores. A intenção do dirigente é conseguir 15 dias para Leão
treinar o time, em Teresópolis,
antes do jogo contra o Uruguai.
Apesar de apostar na Copa das
Confederações para reconquistar
a liderança do ranking, Leão acha
difícil que o time faça uma boa
exibição no torneio. A seleção levará ao Japão um time B.
""Não podemos tapar o sol com
a peneira. A realidade está no papel, está no campo. Nós não conseguimos aquilo que desejávamos, e não temos condições a curto prazo de conseguir."
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