DA REPORTAGEM LOCAL

Luis Fabiano não marcou, não brilhou na partida, mas foi o único são-paulino poupado pelos torcedores, que começaram a protestar antes do jogo.
"Pipoqueiros" para o time, "Barbie" para Kaká, "pior zagueiro do Brasil" para Jean, além de uma série de outros xingamentos foi o que os 3.754 são-paulinos que foram ao Morumbi gritaram, além dos gols e dos incentivos para o atacante Luis Fabiano.
Irritado com as vaias incessantes, Kaká não comemorou seu gol virado para o setor onde estava a Tricolor Independente, maior torcida organizada são-paulina.
Agradeceu a Deus com os braços erguidos e, após o jogo, enviou um recado para Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção: "Tenho certeza de que o Parreira não olha para a torcida, mas para os jogadores. Estou tranquilo e sei que a vitória não vai amenizar essa postura da torcida."
Ricardinho, que saiu sob vaias apesar de estar contundido, não comentou as críticas dos torcedores, que entoaram gritos pedindo seu retorno para o Corinthians ("Que bom seria se o Ricardinho voltasse para os galinhas").
Mas o mais perseguido foi Jean. A torcida chegou a comemorar quando o zagueiro se machucou em dividida com Dennys. "A vida continua, independentemente de eu ter apoio deles ou não. Não dou ouvido para não perder a concentração. Não daria nem se eles estivessem apoiando."
Rojas deu razão ao público. "A torcida voltará sozinha quando o time responder em campo." (MR)


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