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TÊNIS
Favoritismo
THALES DE MENEZES
No dia 29 de julho do ano passado, tendo como tema a tese
"ranking é circunstância", esta
coluna defendia que Gustavo
Kuerten era um dos oito melhores do mundo. A lista do colunista tinha, além do brasileiro, Pete
Sampras, Marcelo Ríos, Carlos
Moyá, Patrick Rafter, Thomas
Muster, Andre Agassi e Boris
Becker. Quanto a Yegveny Kafelnikov, era e ainda é um tenista inferior aos indicados.
Considerando que Muster,
Becker e Agassi já dobraram o
Cabo da Boa Esperança no tênis
e amargam o final de suas carreiras, sobra um quinteto.
E, como nenhum novo nome
emplacou neste último ano, os
cinco permanecem como a elite
do mundo das raquetes.
Com uma pequena mudança,
é verdade. Kuerten é o único em
franca ascensão.
O brasileiro é o favorito para
vencer o Aberto da França, que
começa na próxima semana no
complexo de Roland Garros, em
Paris. Nenhuma novidade nisso.
A afirmação está sendo repetida
exaustivamente por toda a imprensa desde o domingo.
Resta apenas entender o que é
favoritismo.
Kuerten vai ganhar?
Quem sabe?
Kuerten deve ganhar?
Deve, sem dúvida.
Porque ninguém está jogando
mais do que o brasileiro no saibro. Para falar a verdade, ninguém está ao menos chegando
perto dele.
Se ele não levantar o título em
Paris, será por pura "zebra", esse tempero extra que o esporte
oferece aos adeptos.
O importante é que o torcedor
brasileiro pode começar a acompanhar Roland Garros com a
mesma altivez que costuma envergar na estréia de uma Copa
do Mundo de futebol.
Aquela confiança inabalável
de ser torcedor da melhor seleção do mundo pode ser experimentada com a raquete.
Hoje, Gustavo Kuerten é mesmo o melhor do mundo. Se nenhum Zidane cruzar seu caminho, ele traz o caneco.
NOTAS
Atrás do recorde
A pergunta que não quer calar: quando Pete Sampras vai
voltar a jogar como número um
do mundo? Um palpite pega
bem. Sampras só está preocupado com dois torneios neste
ano: Wimbledon e US Open. Se
vencer ambos, bate o australiano Roy Emerson e passa a ser,
com 13 títulos, o maior vencedor de torneios do Grand Slam.
Erro de cálculo
Pisada na bola na coluna da
semana passada. Disse que a
Argentina tinha oito tenistas
entre os cem melhores da ATP
e listei sete. Pois é, são sete mesmo. A Argentina tem oito tenistas entre os cem melhores do
ranking juvenil da Federação
Internacional de Tênis.
Novo visual
Diante de tanta discussão a
respeito do corte de cabelo de
Gustavo Kuerten, este colunista promete imitá-lo se o tenista
ganhar o bi em Roland Garros.
E-mail thales@folhasp.com.br
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