São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Técnico se torna o quinto a conseguir 5 vitórias nos cinco jogos iniciais

Márcio vence a 5ª seguida e faz história no Corinthians

DA ENVIADA A BRASÍLIA

Márcio Bittencourt entrou para um seleto grupo de treinadores corintianos e, de quebra, levou o Corinthians, pelo menos até hoje, ao terceiro lugar do Brasileiro-2005, com 16 pontos.
A vitória por 4 a 2 sobre o Brasiliense foi a quinta seguida do treinador corintiano em seus cinco primeiros jogos como efetivo no cargo. Ele se junta a Oswaldo Brandão, Fleitas Solich, Rato e Guido Giacominelli como os únicos a alcançarem o feito entre os 103 técnicos da história do clube.
O início de trabalho do ex-auxiliar técnico é o melhor desde a última gestão de Brandão no clube, em 1980. Desde 2002, o Corinthians não tinha uma seqüência de cinco vitórias seguidas.
"O Márcio é a cara do Corinthians hoje. Ele nos transformou num conjunto que funciona", disse o atacante Jô.
"Acho que o nosso desempenho se deve ao bom ambiente no grupo hoje", disse o goleiro Fábio Costa, que foi reintegrado ao elenco após a demissão do argentino Daniel Passarella, que teve problemas de relacionamento com ele e outros atletas.
O Corinthians iniciou a partida seguindo as instruções de seu comandante. O roteiro do "futebol moderno" propalado por Márcio consistia em roubar a bola do adversário e sair em velocidade para o ataque. Tudo certo, não fosse a falta de qualidade nos passes.
Só aos 18min é que o goleiro Donizeti foi acionado pela primeira vez em chute de Jô.
Embora tenha colocado em campo cinco jogadores com características ofensivas -Carlos Alberto, Roger, Gustavo Nery, Abuda e Jô -, o Corinthians mostrava segurança no setor defensivo e foi pouco ameaçado.
O time jogava fechado, marcava forte, e buscava os contragolpes. E, dessa forma, obteve o controle da partida, com boa movimentação de seus meias.
O gol foi questão de tempo. Em uma falta na intermediária, Roger rolou para Carlos Alberto que, de longe, chutou rasteiro, no canto direito do goleiro, para abrir o placar, aos 26min.
A partir daí, os corintianos adiantaram a marcação e dificultavam a saída de bola do rival.
O time do Distrito Federal, que não conseguia romper o cerco armado pelos corintianos, só assustava nos cruzamentos. "Fizemos o gol, mas não podemos relaxar na marcação no meio. Temos de ter mais seriedade", reclamou Márcio no intervalo.
A bronca não impediu que Iranildo quase empatasse no começo da etapa final. Fábio Costa pegou. Depois, Márcio entrou driblando na defesa corintiana, mas chutou mal. Márcio se irritou no banco.
Mas poucos minutos depois, ele se acalmou. O lateral-esquerdo Ronny, em bela cobrança de falta, fez 2 a 0, aos 8min.
O Brasiliense respondeu em seguida. O árbitro marcou pênalti de Anderson em Jairo. Iranildo cobrou e Fábio Costa defendeu.
Djalma Beltrami mandou voltar a cobrança alegando que o goleiro se adiantou. Iranildo bateu novamente e descontou, aos 13min.
O Brasiliense se empolgou, mas foi esfriado por bela jogada de Roger. O meia, em um toque, deixou Gustavo Nery na frente do gol para fazer 3 a 1, aos 19min.
Os corintianos retomaram o controle do jogo e passaram a chegar com facilidade. Donizete fez boas defesas e evitou um vexame maior de sua equipe.
Mas o Brasiliense chegou ao segundo gol. Tiano chutou da entrada da área, a bola desviou em Ronny, e enganou Fábio Costa.
Apenas um susto. No final, Edson tabelou com Abuda e fechou o placar para os corintianos. (MARIANA LAJOLO)


Texto Anterior: Memória: Técnico é o 4º a retornar após o título mundial
Próximo Texto: Treinador esnoba marca e exalta sua "retranca"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.