São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005

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MEMÓRIA

Técnico é o 4º a retornar após o título mundial

DOS ENVIADOS A HANOVER

Carlos Alberto Parreira é o quarto brasileiro a aceitar o desafio de voltar a comandar a seleção brasileira depois de um título mundial e, até agora, repete a trajetória de seus antecessores.
Assim como Vicente Feola, Aymoré Moreira e Zagallo, o atual treinador do "escrete" não repete os números de seu primeiro ciclo vitorioso. Entre o final de 1991, quando começou a montar o time que seria campeão na Copa do Mundo dos EUA três anos depois, e a final contra a Itália em Los Angeles, Parreira teve um aproveitamento de 70% dos pontos disputados. Agora, na sua terceira passagem pela equipe, registra uma performance de 62%.
"É muito mais difícil agora. Com toda a pressão, em 1994 foi muito mais fácil, porque [agora tenho de] pegar um time pentacampeão mundial e mantê-lo. Se você for campeão novamente, somente foi o que já era, mais uma vez campeão do mundo. E qualquer coisa diferente, você conhece bem a filosofia, é sempre um desastre", afirma o treinador, que ainda ostenta um tombo bem menor do que os outros ex-campeões.
No ciclo do tricampeonato mundial, Zagallo teve 93% de aproveitamento. Depois, não passou dos 77%.
Aymoré ostentou fantásticos 96% de aproveitamento na gestão que culminou com o bicampeonato no Chile, em 1962. Depois do título, foi para modestos 54%. Entre sua estréia e a final da Copa de 1958, na Suécia, Feola faturou 87% de aproveitamento. Depois, assim como Zagallo, ficou nos 77%.
Tanto Zagallo como Feola fracassaram em Copas depois da glória. O primeiro menosprezou o carrossel holandês em 1974 e ficou apenas em quarto. Em 1998, foi vice. Feola foi o comandante da caótica participação brasileira na Copa-66, quando o país caiu logo na primeira fase. (FV E PC)

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