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FUTEBOL
Sindicato promete deixar torneio sem transporte público se governo paraguaio não atender às reivindicações
Greve ameaça início da Copa América
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
enviado especial a Foz do Iguaçu
Um protesto de trabalhadores
está ameaçando a Copa América.
A União Paraguaia dos Sindicatos dos Trabalhadores do Transporte Público pode deflagrar uma
greve durante a competição, de 29
deste mês a 19 de julho.
A União faz várias reivindicações, como o cumprimento do limite de oito horas diárias de trabalho. Nos dias 25 e 28 deste mês, haverá paralisações de alerta. Se elas
não surtirem efeito, poderá ser iniciada uma greve no dia 29, dia da
abertura da competição.
Assim, Assunção, a capital do
país, poderá estar sem transporte
público quando acontecerem os
jogos Peru x Japão (preliminar) e
Paraguai x Bolívia (principal), no
estádio Defensores del Chaco.
Por causa disso, o comitê organizador da Copa América fez um
apelo às autoridades locais para
que negociem "uma trégua com
setores descontentes da sociedade
paraguaia, evitando transtornos às
equipes e aos torcedores".
Outro problema afeta a comunidade brasileira, que planeja comparecer à estréia da seleção do Brasil, contra a Venezuela, no dia 30
em Ciudad del Este.
A decisão da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol) de alojar a
seleção fora do Paraguai, em Foz
de Iguaçu (PR), causou revolta entre os políticos de Ciudad del Leste,
que fica na fronteira.
Eles reclamam que a decisão está
causando prejuízos à economia local, pois, por isso, os turistas brasileiros também teriam decidido se
hospedar no lado brasileiro.
Os membros da Câmara Municipal já encaminharam pedido para
impedir que cerca de 9.000 brasileiros que trabalham ilegalmente
no centro comercial da cidade
continuem a fazer isso.
De acordo com eles, o objetivo,
ao afastar os brasileiros, é aumentar as oportunidades de trabalho
para os jovens paraguaios.
Alheia aos problemas fronteiriços, a comissão técnica brasileira
considerou bons o gramado e a iluminação do estádio Tres de Febrero, em Ciudad del Este, inaugurado anteontem com a vitória do
Uruguai por 3 a 2 sobre o Paraguai.
Segundo o técnico Wanderley
Luxemburgo, ele e seu consultor,
Candinho, só viram o primeiro
tempo, em parte pela confusão formada em volta do estádio. Com a
chuva, o local, ainda em obras, foi
tomado pela lama.
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