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São Paulo, sábado, 19 de julho de 2003

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IRL

Medidas de segurança não impedem categoria, que realiza hoje em Nashville sua nona etapa, de colecionar acidentes graves

Ovais viram "matadouro" de brasileiros

TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A sequência de imagens acima já virou rotina na temporada da IRL. Em oito corridas disputadas, foram quatro acidentes graves. Todos envolvendo brasileiros.
E, apesar das medidas adotadas no início do ano para aumentar a segurança, o número de batidas cresceu 20% em apenas um ano.
Foram 64 choques em 2002, média de 4,26 por prova. Neste ano, subiu para 5,12 por etapa. Para servir de comparação, na Indy, a média é de 2,4 batidas por prova. Na F-1, o número cai para 1,8.
Mas os números não parecem preocupar os dirigentes da IRL.
"Estamos sempre trabalhando para tornar a categoria mais segura, mas não tomamos medidas após os acidentes deste ano", disse à Folha John Griffin, vice-presidente de relações públicas da IRL.
Na temporada passada, foram três os acidentes graves na categoria. Em Indianápolis, bateram Mark Dismore (ficou fora uma corrida) e Eliseo Salazar (cinco). E, em Chicago, foi Gil de Ferran, que perdeu o último GP do ano e foi alijado da disputa pelo título.
Foi o suficiente para que a IRL lançasse mão de algumas inovações para este ano. Desde um novo chassi, cuja célula de sobrevivência é 2,5 vezes mais resistente, até um sistema inovador instalado no capacete dos pilotos para medir as forças a que eles são submetidos em caso de acidentes e serve como base de estudos.
Além disso, os pilotos recebem, via rádio, pequenos boletins sobre as condições da pista durante as corridas direto da torre de controle e todos os carros são equipados com uma espécie de caixa-preta que registra informações.
Mas nada evitou que os acidentes continuassem. O primeiro a bater foi novamente Ferran, desta vez em Phoenix. Em recuperação, perdeu o GP do Japão, onde foi a vez de Tony Kanaan bater forte, fraturar o braço e ser operado.
Duas provas depois, Airton Daré quebrou braço, mão, perna e pé. Ele está fora até 2004.
A última vítima do "matadouro" foi Felipe Giaffone, que na prova passada quebrou o fêmur direito, a bacia e uma vértebra.
Ele não corre o GP de Nashville, hoje -o pole position é Scott Dixon-, e pode ficar afastado das pistas até a próxima temporada.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 21h


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