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FUTEBOL
Com atletas em baixa na artilharia, equipe sub-23 tenta hoje contra a Colômbia vaga nas semifinais da Copa Ouro
Seleção confia em ataque sem pontaria
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um time repleto de astros,
mas que ainda penam para fazer
gols, a seleção brasileira sub-23
tenta hoje contra a Colômbia, em
Miami, às 21h, uma vaga nas semifinais da Copa Ouro.
Os quatro jogadores mais ofensivos escalados por Ricardo Gomes para o duelo mostram com a
camisa amarela a mesma deficiência nas finalizações que apresentam em seus clubes. O Brasil,
que só garantiu a vaga nas quartas-de-final anteontem, após o
empate entre México e Honduras,
marcou apenas dois gols em duas
partidas na competição.
Kaká, Diego, Robinho e Nilmar
(que tomou a vaga de titular de
Ewerthon) não repetem na hora
de concluir a mesma categoria
que ostentam na armação.
Prova disso, além do que aconteceu na primeira fase da Copa
Ouro, aparece nos números do
atual Campeonato Brasileiro.
Somados, os quatro atletas que
hoje terão a responsabilidade
maior de balançar as redes marcaram apenas dez gols.
Para isso, também somando os
quatro, foram 46 partidas. Dessa
forma, se jogasse junto, o quarteto
teria a modesta média de 0,21 gol
por partida no Nacional.
Com os números do Datafolha,
fica ainda mais clara a dificuldade
de Robinho, Diego, Kaká e Nilmar nas finalizações.
O são-paulino precisa, em média, concluir dez vezes para marcar um gol. Robinho necessita de
nove, e Nilmar, de quase sete. Pior
ainda acontece com Diego, que finalizou 31 vezes até o momento
no Nacional e só marcou um gol.
Atacantes como Deivid, um dos
artilheiros do Brasileiro-2003,
tem média inferior a quatro conclusões por gol anotado.
Sem muito jeito para marcar
gols e para enfrentar a dura marcação na área rival, os quatro deixam claro que preferem outras
funções em campo.
Assim como acontece no São
Paulo, Kaká não esconde que prefere jogar como um meia-atacante, e não enfiado na área.
Nilmar, que teoricamente será o
jogador mais avançado no esquema de Ricardo Gomes, é outro
que prefere fugir bastante da área.
"Não sou o camisa 9. Gosto de
buscar a bola fora da área, vir de
trás e surpreender os defensores.
Não posso ficar parado entre os
zagueiros, pois não sou jogador
de contato físico", afirmou o jogador do Internacional à imprensa
gaúcha no mês passado.
Desfalque
A seleção brasileira sub-23 joga
a Copa Ouro sem o atacante desejado pela comissão técnica para
fazer o papel de artilheiro.
Em férias depois de utilizado na
Copa das Confederações pelo time principal de Carlos Alberto
Parreira, que fracassou nesse torneio, o atacante Adriano acabou
fora do grupo chamado por Ricardo Gomes. A Copa Ouro é o
maior período de preparação que
o técnico vai ter antes do Torneio
Pré-Olímpico, que acontece no
início do próximo ano, no Chile.
NA TV - SBT e ESPN Brasil, ao
vivo, às 21h
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