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São Paulo, sábado, 19 de julho de 2003

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FUTEBOL

Com atletas em baixa na artilharia, equipe sub-23 tenta hoje contra a Colômbia vaga nas semifinais da Copa Ouro

Seleção confia em ataque sem pontaria

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um time repleto de astros, mas que ainda penam para fazer gols, a seleção brasileira sub-23 tenta hoje contra a Colômbia, em Miami, às 21h, uma vaga nas semifinais da Copa Ouro.
Os quatro jogadores mais ofensivos escalados por Ricardo Gomes para o duelo mostram com a camisa amarela a mesma deficiência nas finalizações que apresentam em seus clubes. O Brasil, que só garantiu a vaga nas quartas-de-final anteontem, após o empate entre México e Honduras, marcou apenas dois gols em duas partidas na competição.
Kaká, Diego, Robinho e Nilmar (que tomou a vaga de titular de Ewerthon) não repetem na hora de concluir a mesma categoria que ostentam na armação.
Prova disso, além do que aconteceu na primeira fase da Copa Ouro, aparece nos números do atual Campeonato Brasileiro.
Somados, os quatro atletas que hoje terão a responsabilidade maior de balançar as redes marcaram apenas dez gols.
Para isso, também somando os quatro, foram 46 partidas. Dessa forma, se jogasse junto, o quarteto teria a modesta média de 0,21 gol por partida no Nacional.
Com os números do Datafolha, fica ainda mais clara a dificuldade de Robinho, Diego, Kaká e Nilmar nas finalizações.
O são-paulino precisa, em média, concluir dez vezes para marcar um gol. Robinho necessita de nove, e Nilmar, de quase sete. Pior ainda acontece com Diego, que finalizou 31 vezes até o momento no Nacional e só marcou um gol.
Atacantes como Deivid, um dos artilheiros do Brasileiro-2003, tem média inferior a quatro conclusões por gol anotado.
Sem muito jeito para marcar gols e para enfrentar a dura marcação na área rival, os quatro deixam claro que preferem outras funções em campo.
Assim como acontece no São Paulo, Kaká não esconde que prefere jogar como um meia-atacante, e não enfiado na área.
Nilmar, que teoricamente será o jogador mais avançado no esquema de Ricardo Gomes, é outro que prefere fugir bastante da área.
"Não sou o camisa 9. Gosto de buscar a bola fora da área, vir de trás e surpreender os defensores. Não posso ficar parado entre os zagueiros, pois não sou jogador de contato físico", afirmou o jogador do Internacional à imprensa gaúcha no mês passado.

Desfalque
A seleção brasileira sub-23 joga a Copa Ouro sem o atacante desejado pela comissão técnica para fazer o papel de artilheiro.
Em férias depois de utilizado na Copa das Confederações pelo time principal de Carlos Alberto Parreira, que fracassou nesse torneio, o atacante Adriano acabou fora do grupo chamado por Ricardo Gomes. A Copa Ouro é o maior período de preparação que o técnico vai ter antes do Torneio Pré-Olímpico, que acontece no início do próximo ano, no Chile.


NA TV - SBT e ESPN Brasil, ao vivo, às 21h


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