São Paulo, Segunda-feira, 19 de Julho de 1999
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FUTEBOL
Para Luxemburgo, torneio mostrou que seleção enfrentará dificuldades antes de chegar à Copa-2002
Brasil extrai lições para eliminatórias

dos enviados a Assunção


Apesar de reconhecer que o nível da Copa América no Paraguai não foi dos mais elevados, o técnico Wanderley Luxemburgo acha que o torneio serviu como alerta para o Brasil na preparação para as eliminatórias da Copa de 2002.
"Algumas seleções realmente não têm muita tradição, outras já têm mais, mas a gente ficou com a certeza de que vai ser uma disputa muito acirrada, principalmente quando jogarmos fora de casa", afirmou Luxemburgo.
"Pudemos constatar que alguns times estão muito bem, como foi o caso da Colômbia, que mudou um pouco sua forma de jogar. Parece uma equipe mais madura. O Uruguai tem grande futuro, e outras seleções irão endurecer muito os jogos quando atuarem em casa, como fez o Paraguai."
Para Candinho, consultor de Luxemburgo, e que será o responsável pelo trabalho de observação dos adversários brasileiros, as equipes sul-americanas mostraram evolução no Paraguai.
"As pessoas criticam muito a fragilidade de algumas seleções, mas é normal que torneios maiores, como a própria Copa América, tenham times que entrem para brigar pelo título e outros que não passem de coadjuvantes", explicou o consultor.
Para ele, até a Venezuela mostrou evolução, apesar de ter perdido os três jogos que disputou -7 a 0 para o Brasil, 3 a 0 para o Chile e 3 a 1 para o México.
"Há duas ou três décadas, eles eram ainda mais ingênuos. Estão começando a iniciar um processo parecido com o do México, que era muito fraco nos anos 50, foi melhorando, melhorando e hoje pode impor dificuldades às seleções de primeiro escalão."
Para Luxemburgo, a Copa América foi ainda a última oportunidade de a seleção enfrentar adversários do continente. Até então, sob seu comando, a única equipe sul-americana que o Brasil tinha enfrentado havia sido o Equador, em outubro, nos EUA.
Até o início das eliminatórias, os brasileiros não devem encontrar esses rivais novamente. A única exceção possível é um confronto com a Bolívia na Copa das Confederações, no México.
Antes do final do ano, a seleção pretende fazer seis amistosos contra equipes de fora do continente. Até agora, três estão confirmados, um contra a Holanda, em outubro, e dois contra a Austrália, em novembro, todos fora de casa.
"Quando fizermos um amistoso, vamos tentar fazer outro em seguida para não prejudicar muito os clubes. Em vez de fazer um jogo por mês, é melhor disputar dois de uma vez, evitando nova convocação no mês seguinte", disse Candinho. (AGz, JCA e RB)

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