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FUTEBOL
Para Luxemburgo, torneio mostrou que seleção enfrentará dificuldades antes de chegar à Copa-2002
Brasil extrai lições para eliminatórias
dos enviados a Assunção
Apesar de reconhecer que o nível
da Copa América
no Paraguai não foi
dos mais elevados,
o técnico Wanderley Luxemburgo acha que o torneio serviu como alerta para o
Brasil na preparação para as eliminatórias da Copa de 2002.
"Algumas seleções realmente
não têm muita tradição, outras já
têm mais, mas a gente ficou com a
certeza de que vai ser uma disputa
muito acirrada, principalmente
quando jogarmos fora de casa",
afirmou Luxemburgo.
"Pudemos constatar que alguns
times estão muito bem, como foi
o caso da Colômbia, que mudou
um pouco sua forma de jogar. Parece uma equipe mais madura. O
Uruguai tem grande futuro, e outras seleções irão endurecer muito
os jogos quando atuarem em casa, como fez o Paraguai."
Para Candinho, consultor de
Luxemburgo, e que será o responsável pelo trabalho de observação
dos adversários brasileiros, as
equipes sul-americanas mostraram evolução no Paraguai.
"As pessoas criticam muito a
fragilidade de algumas seleções,
mas é normal que torneios maiores, como a própria Copa América, tenham times que entrem para
brigar pelo título e outros que não
passem de coadjuvantes", explicou o consultor.
Para ele, até a Venezuela mostrou evolução, apesar de ter perdido os três jogos que disputou -7
a 0 para o Brasil, 3 a 0 para o Chile
e 3 a 1 para o México.
"Há duas ou três décadas, eles
eram ainda mais ingênuos. Estão
começando a iniciar um processo
parecido com o do México, que
era muito fraco nos anos 50, foi
melhorando, melhorando e hoje
pode impor dificuldades às seleções de primeiro escalão."
Para Luxemburgo, a Copa
América foi ainda a última oportunidade de a seleção enfrentar
adversários do continente. Até
então, sob seu comando, a única
equipe sul-americana que o Brasil
tinha enfrentado havia sido o
Equador, em outubro, nos EUA.
Até o início das eliminatórias, os
brasileiros não devem encontrar
esses rivais novamente. A única
exceção possível é um confronto
com a Bolívia na Copa das Confederações, no México.
Antes do final do ano, a seleção
pretende fazer seis amistosos contra equipes de fora do continente.
Até agora, três estão confirmados,
um contra a Holanda, em outubro, e dois contra a Austrália, em
novembro, todos fora de casa.
"Quando fizermos um amistoso, vamos tentar fazer outro em
seguida para não prejudicar muito os clubes. Em vez de fazer um
jogo por mês, é melhor disputar
dois de uma vez, evitando nova
convocação no mês seguinte",
disse Candinho.
(AGz, JCA e RB)
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