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TÊNIS
Franceses vestem camiseta da seleção de futebol do país para comemorar classificação para semifinais
Kuerten perde, e o Brasil sai da Davis
ROBERTO DIAS
enviado especial a Pau (França)
Eliminado da Copa Davis pela
França, o Brasil ainda teve de
aguentar ontem as provocações
do adversário.
Logo após Cédric Pioline bater
Gustavo Kuerten no jogo que deu
a vitória aos franceses, o time da
casa vestiu camisas da seleção de
futebol do país, numa clara alusão
à final da última Copa, quando a
equipe derrotou os brasileiros por
3 a 0, há pouco mais de um ano.
Com a camisa dez, a mesma de
Zinedine Zidane (autor de dois
dos três gols naquele jogo), estava
Pioline, que, assim como o meia
da seleção, foi o grande responsável pela vitória francesa.
Ontem, o tenista, 25º do ranking, marcou o ponto que deu a
vitória a seu país ao fazer 3 sets a 0
(6/3, 6/4 e 6/4) em Kuerten, quinto do mundo. Com isso, a França
chegou a 3 a 1 no placar geral do
confronto.
Em seguida, apenas para cumprir tabela, Fernando Meligeni
(30º) superou Sébastien Grosjean
(34º), num jogo encurtado, por 2
sets a 1 (6/7, 6/4 e 6/2).
Com isso, o Brasil perdeu seu
principal confronto na Davis desde que Kuerten, jogador de melhores resultados na história do
tênis brasileiro, passou a disputar
a mais importante competição do
mundo entre países. Era a primeira vez que ele atuava nas quartas-de-final do torneio.
"Eu e o Meligeni não tivemos
chance contra Pioline", afirmou
Gustavo Kuerten.
Ontem, o francês, assim como
fizera contra Meligeni, no primeiro dia, dominou completamente
o jogo. E fez só o necessário para
vencer: quebrou o serviço de
Kuerten uma vez em cada set.
Aproveitando-se da quadra rápida que seu time escolheu para o
confronto (de carpete, montada
dentro de um ginásio, o Palácio
dos Esportes da cidade francesa
de Pau), Pioline fez um jogo de saque-voleio eficiente. Venceu 71 %
dos pontos em que subiu à rede,
enquanto Kuerten só o fez em
44% das oportunidades.
"Talvez ele (Kuerten) estivesse
um pouco cansando. Perdeu alguns pontos que poderia ter feito", afirmou Pioline, em referência ao fato de Kuerten ter disputado antes dois jogos no confronto.
Com a derrota, o Brasil sai da
Davis sem atuar em casa. Ainda
assim, a Confederação Brasileira
de Tênis diz que o patrocínio que
obteve para os jogos com os franceses (o primeiro da história da
entidade) lhe permitiu saldar os
gastos do confronto, que teriam
superado US$ 60 mil.
O time brasileiro, mesmo com a
derrota, dividirá US$ 160 mil.
Para o ano que vem, o Brasil já
tem vaga garantida no Grupo
Mundial (a elite) da Davis, já que
havia vencido seu primeiro confronto ao bater a Espanha fora de
casa.
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