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BASQUETE NO MUNDO
Zuzo bem
MELCHIADES FILHO
Vez ou outra, tacham este espaço de negativista, de ranzinza. As críticas vêm de leitores e
de colegas a quem respeito. Que
fiquem tranquilos hoje. Talvez
seja ressaca da brilhante campanha do Vasco em Milão, talvez
tenha sido o queijo-quente da
padaria, sei lá... Nesta terça-feira, as esculhambações dão vez a
elogios. O basquete, afinal, ainda tem coisas pra se guardar:
1) Sempre cobrei iniciativas
para a massificação da bola-ao-cesto, um esporte difícil de
aprender e duro de jogar. Pois a
Confederação Brasileira acertou
na mosca ao promover a Copa
Caixa, que mobiliza mais de 20
mil estudantes em São Paulo;
2) A CBB também deu um
passo adiante quando divulgou
neste mês o calendário integral
de 2000, instrumento vital para
o planejamento "publicitário"
-leia-se saúde financeira-
dos próximos campeonatos;
3) Nos últimos 15 anos, a exigência de patrocinadores gerou
um entra-e-sai de times-siglas, o
que afugentou torcedores e, portanto, praticantes. Feita essa ressalva, vale mencionar o sólido
trabalho do BCN, que há 12 anos
investe no esporte e distoa dessa
oportunista "sopa de letras";
4) Os anos 90 viram uma evolução nas transmissões pela TV.
Os impressionismos deram lugar a observações técnicas, ainda que um pouco sem sal, nos
comentários de Zé Boquinha e
Lula, da ESPN Brasil, Bira Bello
e Fábio Sormani, da Sportv, e
Álvaro José, da Bandeirantes;
5) Ainda na TV, merecem elogios os documentários da ESPN
Brasil assinados pela dupla Roberto Salim e Ronaldo Kotscho.
Um deles, na época do Pan, com
Hortência protagonizando o último bloco, foi sublime;
6) Mesmo aos trancos e barrancos, o basquete feminino
conseguiu preservar seus quatro
principais nomes, cada um em
uma equipe diferente: Hortência, Paula, Janeth e Karina.
7) Demétrius, Helinho, Charles Byrd, Rogério, Alexey, Vargas, Mingão, Varejão, Aylton,
Janjão, Flor Melendez...
NOTAS
Vasco 1
A campanha do clube carioca
no Mundial interclubes (vitórias sobre os campeões australiano e europeu) mostrou que
faltam somente um supercestinha e um super-reboteiro para
o basquete masculino brasileiro voltar a ser competitivo no
exterior. "Somente"?
Vasco 2
Sim, porque, num time que
reunia seis selecionáveis, foram
justamente o armador norte-americano Charles Byrd e o pivô dominicano José Vargas os
destaques do vice-campeonato. Ambos acabaram eleitos para a seleção do Mundial.
Vasco 3
Depois dizem que o basquete
não é bom negócio. Alguém já
parou para imaginar o dinheiro que a Procter & Gamble fez
ao ter divulgada, ao vivo, para
162 países, durante quase nove
horas, a marca de sua batata-frita na camiseta vascaína?
E-mail melk@uol.com.br
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