São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006

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Duelistas já preparam festa do título

Schumacher traz família para assistir à sua despedida da F-1, enquanto Alonso pretende celebrar com a equipe em boate

Alemão rompe tradição de não trazer parentes à cidade que considera violenta, e lota seu jatinho particular com mulher, pai e amigos

FÁBIO SEIXAS
TATIANA CUNHA

DA REPORTAGEM LOCAL Cada um à sua maneira, os duelistas pelo título da F-1 já tomaram as providências para a conquista do Mundial no domingo, em Interlagos. Michael Schumacher pretende celebrar com a família. Fernando Alonso preferiu balada: quer curtir a noite paulistana com a equipe.
Normalmente avesso a trazer familiares para São Paulo, cidade que considera perigosa, o alemão surpreendeu. Lotou seu jatinho particular. Viajou para o último GP do campeonato com uma caravana a bordo.
Schumacher trouxe a mulher, Corinna, que havia anos não vinha para o país com medo da violência. Trouxe o pai, Rolf, com a namorada, Barbara. Trouxe o empresário, Willi Weber. Trouxe Peter Kaiser, que financiou seu princípio no kart, Herbet Fungeling, velho amigo de Kerpen, e Balbir Singh, massagista, figura rara em autódromos nas últimas temporadas.
De uma maneira ou de outra, eles acompanharão um momento histórico do ferrarista. Caso o heptacampeão não alcance o que seria o mais épico dos seus oito títulos, assistirão, pelo menos, à sua despedida das pistas -o GP Brasil será o último do alemão na categoria.
A trupe pisou no país às 4h de ontem. Às 9h30, Schumacher e parte do grupo embarcaram para Botucatu, no interior de São Paulo, para um churrasco na casa de um empresário amigo da família de Felipe Massa. A dupla ferrarista aproveitou o último dia de sossego antes da corrida para jogar futebol e só retornou para a capital à tarde.
Hoje, Schumacher participará de seu primeiro compromisso pela Ferrari na cidade, uma entrevista coletiva em um hotel próximo ao autódromo.
Já Alonso planeja algo mais agitado. E os planos indicam que a confiança no bicampeonato está nas alturas. Embora a Renault negue qualquer arranjo prévio, o espanhol já reservou dois lugares para uma eventual festa de celebração pós-GP: um restaurante do hotel Hilton e a boate Lotus, uma das mais sofisticadas e exclusivas da cidade, onde no ano passado comemorou o título.
Ontem, apesar das negativas oficiais da equipe, mecânicos conversavam animadamente nos boxes sobre as perspectivas para a festa de domingo à noite.
E as chances de ela acontecer são grandes. Para ser campeão, Alonso só precisa chegar em oitavo lugar. Schumacher tem tarefa mais complicada: tem de vencer a corrida e ainda esperar que o rival abandone ou seja, no máximo, nono colocado.
A exemplo de Schumacher, o espanhol também não deu as caras no circuito ontem. Com chuva, frio e neblina, o movimento ficou restrito aos últimos ajustes na montagem dos carros e ao trabalho da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na pintura do grid de largada e das faixas que acompanham os 4,309 km da pista.
O único piloto ontem em Interlagos foi Pedro de la Rosa, que deve fazer no fim de semana sua despedida da McLaren.


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