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Duelistas já preparam festa do título
Schumacher traz família para assistir à sua despedida da F-1, enquanto Alonso pretende celebrar com a equipe em boate
Alemão rompe tradição de
não trazer parentes à cidade que considera violenta, e lota seu jatinho particular com mulher, pai e amigos
FÁBIO SEIXAS
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Cada um à sua maneira, os
duelistas pelo título da F-1 já
tomaram as providências para
a conquista do Mundial no domingo, em Interlagos. Michael
Schumacher pretende celebrar
com a família. Fernando Alonso preferiu balada: quer curtir a
noite paulistana com a equipe.
Normalmente avesso a trazer familiares para São Paulo,
cidade que considera perigosa,
o alemão surpreendeu. Lotou
seu jatinho particular. Viajou
para o último GP do campeonato com uma caravana a bordo.
Schumacher trouxe a mulher, Corinna, que havia anos
não vinha para o país com medo da violência. Trouxe o pai,
Rolf, com a namorada, Barbara.
Trouxe o empresário, Willi Weber. Trouxe Peter Kaiser, que
financiou seu princípio no kart,
Herbet Fungeling, velho amigo
de Kerpen, e Balbir Singh, massagista, figura rara em autódromos nas últimas temporadas.
De uma maneira ou de outra,
eles acompanharão um momento histórico do ferrarista.
Caso o heptacampeão não alcance o que seria o mais épico
dos seus oito títulos, assistirão,
pelo menos, à sua despedida
das pistas -o GP Brasil será o
último do alemão na categoria.
A trupe pisou no país às 4h de
ontem. Às 9h30, Schumacher e
parte do grupo embarcaram
para Botucatu, no interior de
São Paulo, para um churrasco
na casa de um empresário amigo da família de Felipe Massa. A
dupla ferrarista aproveitou o
último dia de sossego antes da
corrida para jogar futebol e só
retornou para a capital à tarde.
Hoje, Schumacher participará de seu primeiro compromisso pela Ferrari na cidade, uma
entrevista coletiva em um hotel
próximo ao autódromo.
Já Alonso planeja algo mais
agitado. E os planos indicam
que a confiança no bicampeonato está nas alturas. Embora a
Renault negue qualquer arranjo prévio, o espanhol já reservou dois lugares para uma
eventual festa de celebração
pós-GP: um restaurante do hotel Hilton e a boate Lotus, uma
das mais sofisticadas e exclusivas da cidade, onde no ano passado comemorou o título.
Ontem, apesar das negativas
oficiais da equipe, mecânicos
conversavam animadamente
nos boxes sobre as perspectivas
para a festa de domingo à noite.
E as chances de ela acontecer
são grandes. Para ser campeão,
Alonso só precisa chegar em oitavo lugar. Schumacher tem tarefa mais complicada: tem de
vencer a corrida e ainda esperar
que o rival abandone ou seja, no
máximo, nono colocado.
A exemplo de Schumacher, o
espanhol também não deu as
caras no circuito ontem. Com
chuva, frio e neblina, o movimento ficou restrito aos últimos ajustes na montagem dos
carros e ao trabalho da CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) na pintura do grid de
largada e das faixas que acompanham os 4,309 km da pista.
O único piloto ontem em Interlagos foi Pedro de la Rosa,
que deve fazer no fim de semana sua despedida da McLaren.
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