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Obsessão fez
surgir craque
da Reportagem Local
Hoje, nas bem-humoradas entrevistas, Larry Bird
conta que em 13 anos de
quadra não tinha impulsão
nem para saltar uma lista
telefônica. Obviamente,
exagera. Mas só um pouco.
O legendário ala do Boston Celtics conseguiu conquistar três títulos da NBA
amparado em uma compleição física de dar dó.
Isso sem falar nos problemas crônicos nas costas,
que levariam a sua aposentadoria precoce, aos 35
anos, em 1992.
Foi por causa dessas limitações, porém, que tornou-se um obstinado pela
preparação física e pelos
fundamentos do esporte.
Gostava de disputar, por
exemplo, minimaratonas
na véspera dos jogos.
Em março de 1985, chegou a vencer uma corrida
de 8 km com 12 mil participantes em Boston -dois
dias depois, apesar de reclamar do desgaste da proeza e
ter até mesmo cogitado pedir dispensa da partida,
anotou 60 pontos na vitória
sobre o Atlanta Hawks.
Cada treino nos Celtics
era seguido por uma sessão
solitária de 200 arremessos
de longa distância, uma hora de esforço adicional.
Às vezes, chamava depois
um colega e pedia que arriscasse uns tiros, enquanto
Bird se posicionava para
capturar os rebotes.
Esse último exercício seria consagrado uma década
depois por outro maluco
pela bola, outro apaixonado pelos palavrões (Bird
adorava xingar os adversários), Dennis Rodman.
Aliado à incrível visão de
jogo que possuía, a obsessão pelo basquete fez de
Bird o melhor jogador
branco da história da NBA.
As estatísticas revelam
um atleta completo: médias
de 24,3 pontos, 10 rebotes e
6,3 assistências por partida.
Bird teve também importante papel de marketing.
Seu duelo com Magic Johnson (branco esforçado x negro criativo) nos anos 80 foi
o primeiro a transpor as
fronteiras da liga dos EUA.
No Brasil, uma das "vítimas" de Bird, via TV, foi o
cestinha Oscar Schmidt,
que ainda hoje reverencia o
ala dos Celtics como o seu
grande ídolo.
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