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VÔLEI
Seleção masculina perde dos EUA e fica em má situação para obter na Copa do Mundo a vaga olímpica
Derrota no 1º jogo põe Brasil em xeque
da Reportagem Local
Logo no primeiro jogo, a seleção
masculina de vôlei teve seriamente comprometidas suas chances
de assegurar seu lugar nos Jogos
Olímpicos via Copa do Mundo.
Os brasileiros perderam dos
EUA por 3 sets a 2 (22/25, 18/25,
25/22, 25/20 e 13/15), ontem, em
uma hora e 43 minutos, em Kagoshima (Japão). Fazia cinco anos
que a seleção não perdia dos americanos em partidas oficiais: a última fora em setembro de 94, durante o Mundial da Grécia.
Com a malograda estréia, a seleção está obrigada a vencer entre
oito e nove partidas -de dez que
lhe restavam -para não passar
pelo vexame de recorrer ao Pré-Olímpico continental se quiser estar em Sydney-2000.
Estão na Copa do Mundo 12 seleções. Jogam todas contra todas
(11 jogos para cada uma). As três
melhores garantem a vaga.
Hoje pela manhã, o Brasil faria
contra a China sua segunda partida. Depois encontra dois favoritos -logo, seus concorrentes diretos. Na madrugada de sábado
(2h30, de Brasília) jogará com a
Itália, tricampeã mundial e sete
vezes campeã da Liga Mundial. E,
na segunda, com a Rússia.
Por escolha da comissão técnica, a seleção cumpriu uma escala
de cinco dias na China, no que deveria ser um período de treinamentos e adaptação ao fuso horário, antes da estréia na Copa.
Deu quase tudo errado: a delegação passou apuros com hospedagem, alimentação e falta de
quadras adequadas de treino. Foi
a última equipe entre as seis que
estão em Kagoshima a chegar,
com três jogadores contundidos:
Carlão, Giba e Douglas.
Escalados no jogo de ontem, Giba e Douglas foram os pontos
mais vulneráveis de uma equipe
que, nos dois primeiros sets, esteve desarticulada, apática, mal
postada no bloqueio e, pior, pouco eficiente no ataque.
""Faltou ritmo", admitiu, depois,
em entrevista por telefone, Radamés Lattari, técnico da seleção.
Somente no terceiro set, ao trocar Giba (autor de 9 pontos) e
Douglas (1 ponto) por Carlão e
André, além do levantador Ricardinho por Marcelo Elgarten, é que
a seleção conseguiu exibir algum
padrão tático. Venceu o terceiro e
o quarto sets com relativa facilidade. Mas não manteve o nível técnico no tie-break (15 a 13).
Indagado se o desempenho seria resquício da viagem à China,
Lattari desconversou: ""Não é resquício, não". Em seguida, completou: ""É que alguns ficaram sem
treinar".
Antes estratégica, a partida com
a Itália assumiu com o tropeço de
ontem a feição de decisiva.
Nova derrota obrigaria os brasileiros a vencerem Rússia e Cuba
-e ainda torcer por maus resultados de alguns desses favoritos e,
agora, até dos EUA.
"A Itália (que venceu a Tunísia
por 3 a 0) tem jogadores de altíssimo nível, que jogam um Mundial
toda semana", diz o técnico, em
referência às partidas do Italiano,
onde está a nata do vôlei.
O último encontro das equipes
foi nas finais da Liga Mundial -3
a 2 para o Brasil. Ano passado, na
semifinal do Mundial, os italianos
venceram por 3 a 2.
Feminino
Terceira na Copa do Mundo e
assegurada, ao lado de Cuba e
Rússia, para os Jogos, a seleção feminina chegou ontem do Japão.
No aeroporto de Guarulhos
(SP), o técnico Bernardinho disse
que a seleção precisará melhorar
o rendimento individual de suas
atacantes para a Olimpíada. ""E esperar o amadurecimento dessas
jovens (Érika, Walewska, Elisângela e Raquel) na Superliga".
Brasil x Itália, ao vivo, às
2h30 de amanhã, na Globo
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