São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Treinador quer diminuir abismo entre o ataque e a defesa, enquanto diretoria reclama de partida na Vila Belmiro

Defesa e segurança preocupam São Paulo

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes do primeiro jogo contra o Santos, pelas quartas-de-final do Brasileiro, marcado para domingo, na Vila Belmiro, o São Paulo se esforça para corrigir os erros de sua defesa. Fora de campo, a preocupação é com a segurança.
"Toda vez que jogamos em Santos, existe problema de violência fora do estádio, dentro dele e na estrada. No campo, a coisa é na base da chinelada", afirmou o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva.
Ele disse que mesmo assim seu time vai jogar lá, a menos que a Polícia Militar vete o estádio.
Também deve haver uma queda-de-braço entre as duas diretorias por causa do número de ingressos destinado a cada torcida.
Pelo regulamento, o visitante pode solicitar até 10% do total de bilhetes. Como devem ser colocados 20 mil ingressos à venda -capacidade mínima exigida nesta fase-, o São Paulo não receberia mais de 2.000 entradas.
"Espero que eles nos enviem 5.000 ou 6.000 ingressos", declarou Marcelo Portugal Gouvêa, presidente são-paulino.
Alheio à disputa nos bastidores, o técnico Oswaldo de Oliveira tenta diminuir o abismo entre a defesa e o ataque do São Paulo.
O clube do Morumbi tem o melhor ataque da competição com 57 gols em 25 jogos. A defesa sofreu 35 gols -média de 1,4.
Os meias e os atacantes reclamaram de erros cometidos pelos defensores. Em três dos últimos quatro jogos, essas falhas fizeram o time, que conseguiu as viradas, sair em desvantagem no placar.
Na tentativa de tornar a zaga tão eficiente quanto o ataque, o treinador vai intensificar os treinamentos técnicos durante a semana. "Vamos eliminar os treinos físicos para corrigir os erros defensivos, que são maiores, e ofensivos", afirmou Oliveira.
O treinador também quer evitar que seus atletas entrem em polêmica com os santistas. Na primeira fase, o São Paulo venceu por 3 a 2 num jogo tumultuado.
Oliveira acredita que o time terá dificuldade em Santos. "Atuamos melhor em gramados maiores."


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