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O skatista Edson Landi, um dos brasileiros que participam da etapa nacional do Mundial de skate, treina para o torneio em pista de São Paulo

JOÃO CARLOS BOTELHO
da Reportagem Local

Depois do surfe, do bodyboarding e do windsurfe, agora é a vez do Circuito Mundial de skate aportar no Brasil.
Começa hoje, no ginásio Mauro Pinheiro, no Conjunto Esportivo do Ibirapuera, em São Paulo, o Tribo Skate World Cup Contest, válido como 14ª e última etapa da World Cup Skateboarding, o circuito mundial da modalidade.
É a primeira vez que o país abriga uma etapa do Mundial de skate, disputado desde 92. Também é a estréia na América Latina e fora do eixo EUA-Canadá-Europa.
Segundo a organização do evento, a WCS (entidade que organiza a World Cup) foi procurada, com a intermediação de Bob Burnquist (skatista local que mora nos EUA), e acabou se interessando em trazer o circuito para São Paulo.
"A cena do skate brasileiro é muito interessante para nós, porque alguns dos melhores do mundo têm saído daí (do Brasil)", diz Danielle Bostick, diretora da WCS.
Dos 13 campeonatos do circuito deste ano, 10 foram nos EUA, 1 no Canadá, 1 na República Tcheca e 1 na Alemanha.
O norte-americano Tony Hawk, que não vem para o Tribo Skate World Cup Contest, já assegurou o título na categoria vertical (disputada em pistas). Andy Macdonald, também dos EUA, é o segundo.
Na categoria street (realizada em áreas planas, com obstáculos), o norte-americano Chris Senn lidera, seguido por Andy Macdonald.
O melhor brasileiro no Mundial deste ano é Bob Burnquist, quarto colocado na categoria vertical e vencedor das etapas de Panama City, na Flórida (EUA), e de Huntington Beach, na Califórnia, entre as 13 disputadas até agora.
Ainda estão entre os 30 primeiros, Lincoln Ueda, Sandro Dias, o "Mineirinho", e Rodrigo "Digo" Menezes.
Na street, o brasileiro mais bem colocado é Carlos de Andrade, o "Piolho", em oitavo lugar.
Já Rodil de Araújo Jr., o "Ferrugem", duas vezes medalha de ouro nos X-Games (Olimpíada dos esportes radicais), não está entre os 20 primeiros.
Na 13ª etapa, que ocorreu no último final de semana, em Ventura, na Califórnia, Bob foi o skatista do país que conseguiu o melhor resultado, o terceiro lugar na vertical.
Ueda terminou em nono, Sandro Dias, em 11º, e Cristiano Matheus, em 12º, na mesma categoria.
A melhor colocação final de um skatista do país no Circuito Mundial aconteceu em 97, quando Bob Burnquist foi vice-campeão na vertical, perdendo por pequena margem de pontos para o norte-americano Andy Macdonald.
Para Bob, a etapa na capital paulista é a primeira em que ele competirá com o apoio da torcida contra estrangeiros.
Ele acredita que esse fato pode ajudar os skatistas brasileiros. "Vou estar mais feliz com a galera incentivando", diz.
Sobre a expectativa para o final da World Cup deste ano, Bob afirma ser difícil repetir a colocação do ano passado. "Espero me manter na posição em que estou."
Quanto a uma vitória em casa, ele prefere não prometer nada. "Só o campeonato já vale muito. Mas, se eu ganhar, acho que a vibração vai ser ainda maior."
Para hoje, estão programadas as primeiras séries eliminatórias no street, em que o número de inscritos é maior. O dia de amanhã está reservado para treinos.
No sábado, acontecem novas eliminatórias, com o início das disputas da vertical. No domingo, ocorrem as finais, com dez competidores em cada categoria e transmissão ao vivo pela Sportv.

Boom radical A World Cup é o quarto circuito de esporte radical que realiza etapa no Brasil neste ano.
Em outubro, aconteceu a penúltima etapa do Mundial de surfe. Logo depois, foi a vez do windsurfe, e, neste mês, do bodyboarding.
O país também teve aprovada a realização da classificatória latino-americana para os X-Games, que iria acontecer no próximo mês. O evento, que foi adiado, deve ocorrer no início de 99.



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