São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 1998

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BASQUETE
Atletas receberão carta com propostas dos donos dos times
NBA decide usar correio para tentar desmobilizar sindicato

das agências internacionais

A direção da NBA, insatisfeita com as improdutivas rodadas de negociações com o sindicato dos atletas, está contatando individualmente cada jogador para tentar pôr fim ao locaute.
A greve de patrões, iniciada em 1º de julho por questões financeiras, completa hoje 172 dias, e a temporada, que deveria começar mês passado, já perdeu 310 partidas.
O dirigente máximo da NBA, David Stern, enviou uma carta com a proposta dos proprietários dos times a cada jogador da liga profissional norte-americana de basquete -são cerca de 400.
Na carta, Stern escreveu: "Torna-se necessário que eu comunique diretamente a vocês quais são as propostas trabalhistas. Reconheço que vocês têm o direito de rejeitá-las, mas é importante não haver dúvidas sobre o que vocês consideram um mau negócio".
Não há novas reuniões marcadas até o Natal, e Stern espera que os jogadores, ao saberem por escrito das propostas, pressionem o sindicato a fechar um acordo.
Algumas vantagens apresentadas na carta seriam a manutenção do teto salarial móvel, salário médio anual dos atletas subindo dos atuais US$ 3 milhões para US$ 4,6 milhões até 2004 e um salário mínimo de US$ 1 milhão para jogadores com mais de dez anos na liga.
Mas a proposta também inclui uma redução de 57% para 52% nos ganhos financeiros da liga (cerca de US$ 2 bilhões) destinados aos salários dos jogadores -imposição inaceitável para o sindicato.
Hoje acontece um jogo-exibição de atletas da NBA, com fins beneficentes, em Atlantic City. Participarão, entre outros, Patrick Ewing, Karl Malone e Reggie Miller.



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