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São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

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VÔLEI

Batalhas de cá e de lá

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Fim de primeiro turno e a batalha entre BCN/Osasco, MRV-Minas e Rexona continua. Os três times estão empatados com seis vitórias e uma derrota. Na Superliga Feminina, parece que não há espaço para surpresas: o título desta temporada ficará com uma dessas três equipes.
Para se ter uma idéia do equilíbrio, vale lembrar: o BCN perdeu do Minas, que perdeu do Rexona, que foi derrotado pelo BCN.
Na última rodada, o que mais impressionou foi um detalhe na vitória do Osasco sobre o Rexona. Em um jogo de 3 sets a 1, o BCN só cometeu 11 erros. Pode-se dizer que beirou a perfeição.
Já o Minas tem impressionado pela força do ataque: Érika e Elisângela têm descido a mão. O time também tem Fabiana, uma nova central que tem feito a diferença. Na vitória contra o Pinheiros, foi a segunda maior pontuadora com 16 pontos.
No Rexona, o trio Raquel, Sassá e Walewska tem sido o destaque.
Na Superliga masculina, a novidade é a arrancada do Suzano, do técnico Ricardo Navajas. O time, que já tinha derrotado o Minas, superou a Unisul por um surpreendente 3 sets a 0 no confronto do último sábado. Mais: a equipe mostrou que, mesmo sem o atacante Giovane, pode sim entrar na disputa pelo título.
O Suzano tem até agora oito vitórias em dez jogos, apenas uma a menos do que os três primeiros colocados da competição: Minas, Banespa e Unisul.
Pelo mundo do vôlei, a novidade vem de Cuba. Em entrevista ao jornal "Juventud Rebelde", o atual técnico da seleção feminina, Eugênio George, disse que vai manter o esquema de quatro atacantes e duas levantadoras. Esse sistema é atualmente usado apenas pela equipe de Cuba. Todas as outras seleções jogam com apenas uma levantadora.
A expectativa é que houvesse mudanças, já que o time cubano, depois de conquistar a terceira medalha de ouro olímpica seguida nos Jogos de Sydney, em 2000, perdeu quase todas suas estrelas.
Desde então, a maior dificuldade da equipe cubana está sendo arrumar levantadoras que também ataquem.
Quem acompanhou as últimas duas temporadas de Cuba sabe que o ponto frágil da equipe foi exatamente nessa função. Não por acaso, a equipe terminou apenas na sétima colocação no Campeonato Mundial da Alemanha, no ano passado.
Liana Mesa e Anniara Muñoz estão muito distantes das levantadoras/atacantes que atuavam nos tempos de ouro no time cubano, como Marlenis Costa, Tamaris Aguero e Lily Izquierdo.
O argumento do técnico Eugênio George é que esse sistema dá mais possibilidades ofensivas ao time, já que na prática ele terá sempre seis atacantes na quadra porque as levantadoras são coringas. Não por acaso, o treinador cubano chama esse esquema não de 4-2, mas de 6-2 -seis atacantes e duas levantadoras.
Para quem gosta de história, vale lembrar que foi o Japão, no início da década de 70, que introduziu o sistema de cinco atacantes e uma levantadora. Com essa novidade, na época, as japonesas foram campeãs mundiais em 1974, no México, e olímpicas, em 1976, em Montreal.
Desde então, o sistema se generalizou e passou a ser implantado por todas as seleções do mundo. Cuba é a única que resistiu e, pelo visto, vai continuar resistindo.

Italiano
O atacante Giovane foi a novidade do Cuneo na rodada do fim de semana do Campeonato Italiano. Ele foi o segundo maior pontuador do time, com 15 pontos, mas sua boa atuação não foi suficiente para evitar a derrota por 3 a 1 para o Trentino. Com o resultado, o Cuneo ocupa a oitava posição, com seis vitórias em 15 jogos. A estréia de Giovane foi na quarta-feira na Liga dos Campeões. O Cuneo perdeu para o Mostostal, da Polônia, por 3 a 2, e foi eliminado.

Europeu
O Modena, do brasileiro Dante, passou para as quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa. O time derrotou o Erdemirspor Eregli, da Turquia, por 3 a 1, e assegurou a vaga uma rodada antes do encerramento da fase de classificação. Dante, que ainda está se recuperando de uma contusão, ficou no banco de reservas, mas não jogou. O Modena tem um supertime, com jogadores como o norte-americano Lloy Ball, o russo Iakovlev e o italiano Giani.

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