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VÔLEI
Batalhas de cá e de lá
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Fim de primeiro turno e a batalha entre BCN/Osasco,
MRV-Minas e Rexona continua.
Os três times estão empatados
com seis vitórias e uma derrota.
Na Superliga Feminina, parece
que não há espaço para surpresas:
o título desta temporada ficará
com uma dessas três equipes.
Para se ter uma idéia do equilíbrio, vale lembrar: o BCN perdeu
do Minas, que perdeu do Rexona,
que foi derrotado pelo BCN.
Na última rodada, o que mais
impressionou foi um detalhe na
vitória do Osasco sobre o Rexona.
Em um jogo de 3 sets a 1, o BCN só
cometeu 11 erros. Pode-se dizer
que beirou a perfeição.
Já o Minas tem impressionado
pela força do ataque: Érika e Elisângela têm descido a mão. O time também tem Fabiana, uma
nova central que tem feito a diferença. Na vitória contra o Pinheiros, foi a segunda maior pontuadora com 16 pontos.
No Rexona, o trio Raquel, Sassá
e Walewska tem sido o destaque.
Na Superliga masculina, a novidade é a arrancada do Suzano,
do técnico Ricardo Navajas. O time, que já tinha derrotado o Minas, superou a Unisul por um surpreendente 3 sets a 0 no confronto
do último sábado. Mais: a equipe
mostrou que, mesmo sem o atacante Giovane, pode sim entrar
na disputa pelo título.
O Suzano tem até agora oito vitórias em dez jogos, apenas uma a
menos do que os três primeiros
colocados da competição: Minas,
Banespa e Unisul.
Pelo mundo do vôlei, a novidade vem de Cuba. Em entrevista ao
jornal "Juventud Rebelde", o
atual técnico da seleção feminina,
Eugênio George, disse que vai
manter o esquema de quatro atacantes e duas levantadoras. Esse
sistema é atualmente usado apenas pela equipe de Cuba. Todas
as outras seleções jogam com apenas uma levantadora.
A expectativa é que houvesse
mudanças, já que o time cubano,
depois de conquistar a terceira
medalha de ouro olímpica seguida nos Jogos de Sydney, em 2000,
perdeu quase todas suas estrelas.
Desde então, a maior dificuldade da equipe cubana está sendo
arrumar levantadoras que também ataquem.
Quem acompanhou as últimas
duas temporadas de Cuba sabe
que o ponto frágil da equipe foi
exatamente nessa função. Não
por acaso, a equipe terminou apenas na sétima colocação no Campeonato Mundial da Alemanha,
no ano passado.
Liana Mesa e Anniara Muñoz
estão muito distantes das levantadoras/atacantes que atuavam
nos tempos de ouro no time cubano, como Marlenis Costa, Tamaris Aguero e Lily Izquierdo.
O argumento do técnico Eugênio George é que esse sistema dá
mais possibilidades ofensivas ao
time, já que na prática ele terá
sempre seis atacantes na quadra
porque as levantadoras são coringas. Não por acaso, o treinador
cubano chama esse esquema não
de 4-2, mas de 6-2 -seis atacantes e duas levantadoras.
Para quem gosta de história,
vale lembrar que foi o Japão, no
início da década de 70, que introduziu o sistema de cinco atacantes e uma levantadora. Com essa
novidade, na época, as japonesas
foram campeãs mundiais em
1974, no México, e olímpicas, em
1976, em Montreal.
Desde então, o sistema se generalizou e passou a ser implantado
por todas as seleções do mundo.
Cuba é a única que resistiu e, pelo
visto, vai continuar resistindo.
Italiano
O atacante Giovane foi a novidade do Cuneo na rodada do fim de
semana do Campeonato Italiano. Ele foi o segundo maior pontuador do time, com 15 pontos, mas sua boa atuação não foi suficiente
para evitar a derrota por 3 a 1 para o Trentino. Com o resultado, o
Cuneo ocupa a oitava posição, com seis vitórias em 15 jogos. A estréia de Giovane foi na quarta-feira na Liga dos Campeões. O Cuneo perdeu para o Mostostal, da Polônia, por 3 a 2, e foi eliminado.
Europeu
O Modena, do brasileiro Dante, passou para as quartas-de-final da
Liga dos Campeões da Europa. O time derrotou o Erdemirspor
Eregli, da Turquia, por 3 a 1, e assegurou a vaga uma rodada antes
do encerramento da fase de classificação. Dante, que ainda está se
recuperando de uma contusão, ficou no banco de reservas, mas
não jogou. O Modena tem um supertime, com jogadores como o
norte-americano Lloy Ball, o russo Iakovlev e o italiano Giani.
E-mail cidasan@uol.com.br
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