EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde a semana passada, as ginastas da seleção feminina treinam para esta temporada. Mas uma delas, Daniele Hypólito, 22, tem suas atividades ainda restritas. Motivo: recupera-se de cirurgia no ombro direito. A cirurgia foi realizada há um mês, dois dias após a atleta ter obtido a prata na trave na finalíssima da Copa do Mundo em São Paulo, encerrando jejum que vinha desde o segundo semestre de 2004.
A artroscopia à qual Daniele se submeteu em Curitiba visou livrá-la das dores que a acompanharam em 2006 e que a afastaram por três meses dos torneios. "Foi surpresa para todo mundo. Depois da Copa, ligaram e avisaram que ela iria operar no dia seguinte. A Dani tomou um susto e até disse que iria pensar. Mas, depois, concordou em operar", afirma Geni, mãe da atleta.
Segundo a CBG, a atleta possuía lesão crônica no osso e tinha que operar para que o problema não se agravasse e pudesse tirá-la do Pan do Rio. ""Foi uma cirurgia bem simples, uma raspagem na cartilagem, tendão e descompressão da articulação. Foi para evitar o atrito entre osso e tendão", diz Daniele.
A cirurgia pegou de surpresa a platéia de um evento de ginástica no último domingo na capital paulista, no Sesc, que esperava a atleta e seu irmão, Diego Hypólito, como atrações. Daniele participou de clínica para crianças, mas não pôde se exibir. Foi a terceira cirurgia na carreira da atleta, que já havia operado o joelho direito (98) e o pé esquerdo (2005).
Após passar o final do ano com tipóia, Daniele, que tem feito fisioterapia e exercícios que não forçam o braço direito, deve voltar a treinar normalmente no mês que vem.