da Reportagem Local

O presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, e o diretor da Parmalat para o Palmeiras, Paulo Angioni, disseram à Folha ignorar a decisão da multinacional Parmalat de não continuar a investir no clube a partir do ano que vem, quando teria que ter início o quarto período da parceria.
"Conosco não houve nenhuma conversa. Ao contrário, continuamos trabalhando normalmente", afirmou Mustafá Contursi, anteontem à noite.
Segundo o dirigente, ""a saída do (Gianni) Grisendi (ex-presidente da Parmalat para o Brasil) não tem nada a ver com uma eventual saída da Parmalat do Palmeiras".
O dirigente palmeirense se mostrou aborrecido com a saída de Grisendi, que ele considerava "um ponto de referência", mas classificou a decisão como ""de foro íntimo da empresa".
O presidente do Palmeiras afirmou que não manteve contato com o novo presidente da Parmalat brasileira, Miguel Angel Reyes Borzone. "Não houve contato nem com ele nem com ninguém da empresa", disse.
Contursi mostrou tranquilidade com a saída do parceiro.
""O número de jogadores (da Parmalat que podem sair do clube) não me preocupa porque teremos tempo para nos reestruturar. Não há preocupação."
Já Angioni afirmou que não tinha condição de dar nenhuma declaração, porque não possuía informação a esse respeito.
Até há alguns dias, o diretor mostrava confiança na renovação do contrato de co-gestão.
"No final do ano, havia um clima, mas depois ele mudou para melhor e agora parece que vai renovar", dissera na época.
O diretor declarou que se encontrou com Grisendi anteontem, após sua saída da empresa, e ele não lhe disse nada a respeito. "Mas acho que ele não falaria de qualquer forma, pois já não tinha mais nada a ver com a empresa."
Paulo Serdan, um dos líderes da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras, disse que já esperava a decisão da Parmalat. "Eles não investiram nada este ano. Estava na cara que iam embora. Tentamos alertar os outros torcedores com nossas campanhas e agora provamos que estávamos certos." (FM e MD)


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