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São Paulo e Fifa voltam a se chocar por Morumbi
Entidades se envolvem em série de desmentidos
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Dez dias após festejar a evolução técnica do novo projeto
do Morumbi, o Comitê de São
Paulo para a Copa de 2014 volta
a entrar em choque com a Fifa.
O novo embate foi estimulado por uma série de desmentidos envolvendo as duas entidades, cujos representantes se
reuniram no dia 9, em Zurique,
quando foi apresentado o novo
projeto do estádio são-paulino.
Após a reunião, membros do
comitê e do São Paulo afirmaram que o estádio estava apto a
receber um jogo da semifinal
do Mundial. E atribuíram essa
nova condição ao secretário-
-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
Mas, em entrevista publicada
pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o dirigente francês negou a
informação e disse que o Morumbi só poderia receber, no
máximo, as oitavas de final. A
assessoria de imprensa da Fifa
confirmou a informação divulgada por seu dirigente.
Mesmo diante da negativa de
Valcke e das novas críticas, o
São Paulo manteve sua versão.
"Foi a própria Fifa que informou em reunião [...] que o projeto apresentado credenciava o
Morumbi a receber uma das semifinais da Copa", disse ontem,
em nota oficial, o presidente do
clube, Juvenal Juvêncio.
Já o comitê paulista afirmou
que a Fifa informou que, após
satisfazer as alterações propostas por ela, o Morumbi poderia
abrigar um duelo dessa fase.
"Foi entregue o relatório
com as novas observações ao
projeto do estádio, também
bem aceitas e possíveis de serem atendidas. O coordenador--geral da Fifa [Fúlvio Danilas]
se retirou brevemente da reunião e voltou em seguida dizendo que, se o São Paulo cumprisse com aquilo proposto no relatório entregue, estaria habilitado para receber até a semifinal
da Copa, mas não para a abertura", disse Caio de Carvalho,
presidente do comitê, em nota.
O novo projeto do estádio,
que pleiteia receber o jogo de
abertura do Mundial, atendeu
aos requisitos da Fifa no entorno, mas deixou a desejar na
parte interna. O problema de
visibilidade nas arquibancadas
térrea e intermediária é um dos
principais pontos de inflexão
entre a Fifa e o comitê paulista.
Para atender aos anseios da
entidade máxima do futebol, o
São Paulo teria de fazer intervenções profundas, como o rebaixamento do gramado e a reconstrução de toda a geometria
dos níveis térreo e intermediário, o que oneraria a obra, orçada hoje em R$ 350 milhões.
O comitê paulista, por sua
vez, prometeu realizar todas as
retificações sugeridas.
"Estamos convencidos de
que não decepcionaremos a Fifa e que tudo faremos para
atender a todas as solicitações
pertinentes, de forma a pleitear
semifinal e abertura da Copa. E
temos até 2011 para provar isso.
A GMP, empresa alemã contratada pelo São Paulo, está adequando o estádio em tudo o que
a Fifa quer", completou a nota.
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