São Paulo, sábado, 20 de abril de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O PERSONAGEM

Ricardinho é referência para os dois técnicos

DA REPORTAGEM LOCAL

Líder da fase de classificação do Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians não tem um destaque, mas vários, na opinião do técnico Carlos Alberto Parreira. Contudo tem alguém que é insubstituível: o meia Ricardinho.
O rival Jair Picerni também enalteceu a capacidade técnica do corintiano. Hoje, o volante Marlon, do São Caetano, tem a função de não deixá-lo jogar. "Ele é o jogar mais importante do Corinthians. Ele determina o equilíbrio do meio-campo", afirmou o técnico da equipe do ABC paulista.
Mesmo contente com o reconhecimento de Parreira, Ricardinho não saiu do seu script. Falou em humildade, em solidariedade e em disciplina tática como armas para ser bem-sucedido. Ele pouco falou de si. Preferiu falar em "nós". (MR)

Pergunta - Por que você acha que é a "menina dos olhos" do Parreira?
Ricardinho -
Não acho isso. O time está bem porque todos procuram ajudar todos. Não tem espaço para o individualismo no Corinthians. O time é solidário.

Pergunta - O técnico do São Caetano resolveu mudar o esquema e adotou o 4-3-3 para enfrentar o Corinthians, que ainda não enfrentou nenhum time que jogasse com três atacantes. Você acha que ficará sobrecarregado na marcação do meio-campo?
Ricardinho -
Realmente não enfrentamos nenhum time que atuasse como nós. Mas não sei nem se ele [Jair Picerni, técnico do time do ABC" confirmou essa escalação. Vamos conversar na concentração para decidir a melhor forma de atacá-los e de desarmá-los. O certo é que saberemos jogar.

Pergunta - O Corinthians fez a melhor campanha e foi o time mais disciplinado. Mas não tem nenhuma vantagem nas semifinais. O que você acha do regulamento?
Ricardinho -
Vai ser complicado [definir o desempate pelo número de cartões vermelhos e amarelos recebidos". Tudo dependerá da interpretação dos juízes. Pelo menos é um só. Já pensou se fossem dois?

Pergunta - Como vai ser jogar até o último minuto do segundo tempo da segunda partida sem saber quem terá a vantagem em caso de empates ou vitórias pela mesma diferença de gols?
Ricardinho -
Não sei. Vamos aprender na prática. Não sei se vamos ter cautela nas faltas ou não. O melhor é ganhar os dois jogos. Aí não teremos problema.


Texto Anterior: Contra os cartões
Próximo Texto: São Caetano quer chegar e levar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.