São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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BASQUETE

Com mesmo mecenas, Ajax e Uberlândia fazem 1ª decisão nacional no torneio sul-americano

"Irmãos" brasileiros duelam em final da Liga

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Equipes mantidas pelo mesmo patrocinador, Ajax e Uberlândia iniciam hoje, em Goiânia, a decisão da Liga Sul-Americana. Será a primeira final da história entre dois times brasileiros -o duelo será em melhor de cinco jogos.
O clube goiano e o mineiro são patrocinados pelo Grupo Universo (Universidade Salgado de Oliveira), que também banca outra equipe no Nacional, o Brasília.
A final entre os times da instituição de ensino também é inédita. O Universo nunca pôs duas equipes suas em decisão de Nacional.
"Nosso patrocinador está contente. Prometi ao Wellington [Salgado de Oliveira, presidente da empresa] que ficaríamos entre os três melhores da Liga e entre os quatro do Nacional. Na pior das hipóteses sou vice-campeão da Liga. Estou no lucro", brinca Márcio Andrade, 45, técnico do Ajax.
O treinador credita a ausência dos argentinos na final ao momento vivido pelo país vizinho.
"Os grandes jogadores deles estão no mercado externo. Acho que o Brasil irá viver o mesmo processo daqui a uns quatro ou cinco anos", afirma Andrade.
De fato, a Liga, surgida em 1996, sempre teve ao menos um time argentino na decisão. Em 2001, dois deles disputaram o título, que ficou com o Estudiantes Olavarria, que superou o Gimnasia Rivadavia na série final por 3 a 1.
Nos confrontos diretos em finais, os arqui-rivais ainda têm amplo domínio: levantaram cinco troféus em cima de equipes nacionais, contra só duas derrotas.
O treinador brasileiro que mais sofreu nas mãos dos argentinos é justamente quem comanda o Uberlândia hoje. Hélio Rubens atinge sua quinta decisão na Liga.
Ele festejou um título, em 2000, com o Vasco. Três vezes, porém, ficou com o vice: Franca (1998), Vasco (2002) e Uberlândia (2004).
Apesar de ter maior experiência, Hélio Rubens afirma não ter vantagem em relação ao concorrente, que até hoje só dirigiu equipes em finais do Estadual do Rio.
"O basquete é muito dinâmico. Tenho consciência do quanto ainda tenho que aprender", destaca o treinador, que costuma usar os ensinamentos das quadras também em palestras para empresas.
"Minha fala para os dois públicos é muito parecida. Uma agremiação esportiva tem tudo a ver com qualquer empresa. Ambos têm adversários, objetivos a serem alcançados e têm que cultivar o espírito de grupo", ensina.


NA TV - ESPN Brasil, ao vivo, a partir das 20h30

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