|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O PERSONAGEM 1
Leão responde com ironia às críticas de Falcão
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem esperava um Emerson
Leão nervoso após os ataques
do jogador Falcão -que disparou uma série de críticas e o
chamou de egocêntrico, maquiavélico e vaidoso- acabou
tendo uma surpresa ontem.
"Se ele [Falcão] disse que eu
sou Deus, então que Deus ilumine o seu caminho. Continuo
admirando o atleta de futsal e
vou sempre ver os seus jogos na
quadra. Espero também que o
Falcão tenha a mesma felicidade que eu tive na vida", declarou o treinador, que ontem pela manhã esteve no CT da Barra
Funda para se despedir dos
seus jogadores.
Leão falou que não se surpreendeu com as declarações
do jogador e disse que tudo isso
faz parte da vida. "Procurei dar
a ele muita coisa que não foi entendida. O ser humano se mostra na entrada e na saída."
O ex-técnico são-paulino negou que tenha boicotado o astro do futsal por ele ter chegado
ao clube pelas mãos do presidente Marcelo Portugal Gouvêa. "O presidente me pediu
que o Falcão tivesse uma experiência de três meses, e eu permiti esse teste. Estou há 42 anos
no futebol, e ele tem três meses.
Espero que o Falcão se olhe no
espelho com dignidade."
Enquanto Leão rebatia as críticas do seu ex-jogador, Falcão
confirmou, em entrevista coletiva, o seu retorno ao futsal.
Sobre a sua saída do São Paulo para comandar o Vissel Kobe, do Japão, até o final do ano,
o treinador voltou a recorrer à
tese de que está indo para ajudar um amigo de coração
-Yasutoshi Miura, que foi seu
atleta durante a primeira passagem pelo Japão, e que atualmente é diretor do Kobe.
Ele pediu, no entanto, desculpas à torcida são-paulina pela
súbita saída e pretende voltar,
caso haja interesse do clube.
"Acho que a torcida vai ficar
chateada, sim. Mas estou deixando um time brasileiro para
ir para o exterior. Pior seria se
trocasse de equipe no Brasil
com o contrato em vigência."
Questionado se a sua ida para
o Japão não poderia ser uma
ponte visando um retorno para
outra equipe do Brasil em breve, Leão foi enfático.
"Ir até o Japão para fazer
ponte é muito longe. Recebi
oferta idêntica de uma equipe
brasileira e não aceitei."
(TA)
Texto Anterior: Muricy, do Inter, ponteia o "conclave" são-paulino Próximo Texto: O personagem 2: Interino assume cargo de chefe sem ambição Índice
|