São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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O PERSONAGEM 1

Leão responde com ironia às críticas de Falcão

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem esperava um Emerson Leão nervoso após os ataques do jogador Falcão -que disparou uma série de críticas e o chamou de egocêntrico, maquiavélico e vaidoso- acabou tendo uma surpresa ontem.
"Se ele [Falcão] disse que eu sou Deus, então que Deus ilumine o seu caminho. Continuo admirando o atleta de futsal e vou sempre ver os seus jogos na quadra. Espero também que o Falcão tenha a mesma felicidade que eu tive na vida", declarou o treinador, que ontem pela manhã esteve no CT da Barra Funda para se despedir dos seus jogadores.
Leão falou que não se surpreendeu com as declarações do jogador e disse que tudo isso faz parte da vida. "Procurei dar a ele muita coisa que não foi entendida. O ser humano se mostra na entrada e na saída."
O ex-técnico são-paulino negou que tenha boicotado o astro do futsal por ele ter chegado ao clube pelas mãos do presidente Marcelo Portugal Gouvêa. "O presidente me pediu que o Falcão tivesse uma experiência de três meses, e eu permiti esse teste. Estou há 42 anos no futebol, e ele tem três meses. Espero que o Falcão se olhe no espelho com dignidade."
Enquanto Leão rebatia as críticas do seu ex-jogador, Falcão confirmou, em entrevista coletiva, o seu retorno ao futsal.
Sobre a sua saída do São Paulo para comandar o Vissel Kobe, do Japão, até o final do ano, o treinador voltou a recorrer à tese de que está indo para ajudar um amigo de coração -Yasutoshi Miura, que foi seu atleta durante a primeira passagem pelo Japão, e que atualmente é diretor do Kobe.
Ele pediu, no entanto, desculpas à torcida são-paulina pela súbita saída e pretende voltar, caso haja interesse do clube.
"Acho que a torcida vai ficar chateada, sim. Mas estou deixando um time brasileiro para ir para o exterior. Pior seria se trocasse de equipe no Brasil com o contrato em vigência."
Questionado se a sua ida para o Japão não poderia ser uma ponte visando um retorno para outra equipe do Brasil em breve, Leão foi enfático.
"Ir até o Japão para fazer ponte é muito longe. Recebi oferta idêntica de uma equipe brasileira e não aceitei." (TA)


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